segunda-feira, dezembro 6

Frag-Mentais (da adivinhação)



As vezes, até pensei que te conhecia profundamente
Que eu sabia de cada espaço de sua vida
E pensava em até escrever um livro
Mas a verdade é que, se eu puder escrever um parágrafo, será muito.
Em meio a tudo isso, revejo as mil cenas e lembranças fajutas pra não me sentir tão mal, 
e é claro que isso pode ser bom durante dez minutos,
mas depois só piora, como toda e qualquer falsidade.

EC

sexta-feira, dezembro 3

Recomendo a leitura já!

Eu que achava que a ficção acontecia na terra do nunca.
Eu que pensava que os personagens que criava, fossem apenas para me fazer companhia e resolver
todos os problemas do mundo.
Hoje penso as formas contrárias de se contar uma história.
Muito me emociona que a vida real aconteça aqui perto do coração.
Conheci este blog

http://saudadesdafran.blogspot.com/

e, na minha parca leitura de vida, acredito que os heróis são aqueles
que se entregam ao destino, seja da forma que for que o que nele esteja escrito;
e quando vão embora
transforman-se em anjos, pois nada mais belo do que a lembrança de alguém que foi
amado com VERDADE, só com ela é que se constrói o céu.

EC

quinta-feira, dezembro 2

Frag-Mentais (dos sonhos partidos)

Ao te ver além do infinito
desejei
não desejar....

quarta-feira, novembro 24

A terceira margem do poema


Tem certa época que deixo o tempo

Se engraçar aqui pra dentro de casa

Deixo ele soprar a fuligem dos móveis

Feito moço que veio de longe, galanteador

seduzindo a donzela confiante de suas prendas.

Agora estou me preparando para ele

Peço que me mostre sua forma concreta

Um esboço, um desenho ou um mero rabisco

De como ele é em sua essência,

Pois até hoje só o conheço de nome

Não sei o seu endereço, seu paradeiro, seu telefone

E nem um respingo de expectativa alimento

Pra pelo menos esperar ele fazer um contato

Dizer um “alô” e “me espera no portão tal hora.”

Eu nem tenho como enfeitar meu pescoço

Minhas orelhas e colocar anel de prometimento.

Engomei o vestido de renda e pendurei no guarda roupa

Ele nunca vai ficar amarelo no futuro

Nunca vai ter aquela cor de passado

Eu quero vesti-lo e me dar de presente.

Ainda convivo com os arquétipos da juventude

Tenho todos eles pendurados na prateleira

As esperanças lavadas, os romantismos fresquinhos no vaso de cristal

A imagem da sagrada família que viaja todas as gerações

Dos olhares e devoções.

O mundo com seus passantes

Ainda me comove. Só que ele está lá fora e eu não

O convido para hospedagem.

Nenhuma paisagem externa me demove deste cenário

Que ele mesmo desenhou pra mim

na terceira margem de um poema.





Elisa Carvalho




terça-feira, novembro 23

Pra ela!

Ó meu pai do céu, limpe tudo aí
Vai chegar a rainha
Precisando dormir
Quando ela chegar
Tu me faça um favor
Dê um banto a ela, que ela me benze aonde eu for...

(Maria Gadu)


quinta-feira, novembro 18

Frag-Mentais (Neurastia)

(raio x dos meus neurônios em dia de festa...)

Frag-Mentais (do descobrimento)

(...assim começou, a outra que "soul"...)

Frag-Mentais (do descobrimento)

(...foi assim que descobri que sabia voar)

terça-feira, novembro 9

Frag-Mentais

Músculos começam a doer
mas é suportável,
cada parte da matéria que acorda
deixando pra trás a vida ordinária;
hoje, caminhados foram dois quilômetros
separando a antiga rotina
sedentária.

Há braços!
EC

Frag-mentais


Podem pensar que estou fingindo
que estou no delírio
quando saio por ai caminhando
mas é verdade
gente, eu de novo estou
malhando!

Há braços!

EC

segunda-feira, novembro 8

O Festival


É bom vencer,
sentir o gosto doce de um reconhecimento
depois de uma caminhada
de longa e amarga estrada.
Mas o que eu gosto mesmo é de escrever
nem paro por aqui....
Há braços!
Valeu pela torcida!!

segunda-feira, outubro 25

quarta-feira, outubro 20

Um dia daqueles


Hoje pra mim é um dia daqueles
daqueles que me fazem rir
daqueles que me provocam o choro (não digo lágrimas, pois estas quem decide se vão cair sou eu)
hoje é um dia daqueles que não conheço
daqueles que nunca saberão de mim
daqueles que se foram
daqueles que saberão a hora certa de chegar
daqueles que me aplaudem
daqueles que me ensinam a perdoar
daqueles que me zoam
quando coloco a música brega pra tocar,..rs
Hoje é um dia daqueles
que abraço
que penso
que repenso
que conheço e construo
daquelas poucas e boas qualidades
que passeiam dentro deles em meu mundo cada dia mais seletivo
Hoje é o dia daqueles que me ensinam
e deste modo posso fazer a lição poesia
tentando escrever na eternidade
o exemplo que eles trouxeram na bagagem da vida.
Hoje é o dia daqueles que me fazem mensageira da poesia
porque eles é que me levam a este estágio momentâneo de proximidade plural.
Não sei se ainda descobri quem sou
enquanto isso não acontece
"dia do Poeta "
são todos daqueles
os dias!


Há Braços!


EC

terça-feira, outubro 12

Frag-Mentais

Precisei construir tantas metades
substituir certos sacrifícios para manter a nitidez
quando soubesse pra que direção olhar.
E fiz tudo certinho
agraciando a espera e o próprio reconhecimento
diante do espelho que o embriagado Narciso quebrou.

EC

sábado, outubro 2

quinta-feira, setembro 30

Fim!

É muito fácil fazer campanha, quando se é beneficiado por alguém
por isso caro amigo
o voto é meu e não dou ele pra ninguém.



Dos 54 mails que recebi com textos enormes e mirabolantes sobre motivos
brilhantes defendendo cada um seu candidatinho a um salário bacana, programei
a resposta automática acima.
Acabou a propaganda política? Mas tinha começado?...nem vi.

Agora é esperar dia 04 e ver as quantidades de votos que cada um conquistou.
Números dizem muitas coisas nesta hora.

segunda-feira, setembro 27

Frag-Mentais


E a gente combinou de não se dizer em nada
você  fala no silêncio
mergulhada em mim
lenta te afago
desejo aos pedaços
de abraços inteiros
viagem in-esperada
eu já sei de cor
o roteiro.

EC

domingo, setembro 26

A prima Vera visita.

Agora
coloquei o Sr. Inverno pra dormir
(ele só vai despertar no ano que vem)
deixo esta moça linda
entrar no meu jardim
para abençoar minhas flores,
minhas loucuras
e meus amores.

sexta-feira, setembro 24

De uma queda foi ao chão...

O corpo caiu,
passou pelo mundo
e a sociedade não viu
a oportunidade sumiu
a má chance apareceu
e o dono do corpo
morreu....

C
a
i
u
 o corpo,
+ 1 pra enterrar
 - 1 pra roubar
      -  1 pra se regenerar
+1  pra rezar...


O asfalto quente
em cima o monte
de pé da gente
velando a curiosidade;
saciando a justiça;
o herói calou o bandido
que era vivo
e mesmo depois de morto
continua fudido...

E tudo continua
na vida que não para
a multidão aplaude;
mas alguém no meio dela,
sente uma dor que o tempo não sara.

EC

sexta-feira, setembro 10

Frag-Mentais

E o diário íntimo de outrora,
transformou-se em livro de receitas culinárias
com o passar dos anos.
Quem vai comer?

EC

Frag-Mentais

Passou tanto tempo na vida
sendo esposa fiel da sensatez
que no primeiro descuido
fez amor com a ilusão.
Acabou saindo como a adultera,
a malfadada puta da relação.

quarta-feira, setembro 1

FragMentais

Os radicais livres
aos milhares
rondam as palavras
que desfilam nuas por aqui.
Possibilidades e dimensões de sentido
dão as boas vindas
pra modernidade.

O silêncio te convida
e te respira
reflexivo.

Obrigado, NÃO!!!

E ainda pensam que podem contar comigo aqueles que  debaixo do nosso nariz, visam a carreira política apenas para se beneficiar financeiramente. É o meu melhor momento vivido nesta época. Divirto-me com as caras e bocas que os candidatos fazem querendo nos seduzir com o discurso da boa vontade democrática.
E sem muitas delongas,  meu tempo é escasso demais porque preciso trabalhar limpando a sujeira  e preenchendo a lacuna deixada por nossos "candidatinhos e candidatinhas", apenas digo que NÃO voto. Nem compareço as urnas. Em dia de eleição realizo o mais sublime exercício de cidadania que não me deixa respingos de remorsos nos quatro anos seguintes. Pago multa com prazer pois já paguei muito mico, trabalhando em dia de eleição para candidatinhos que hoje nem nos olham no rosto pra dizer muito obrigado (estas pessoas não ganharam o poder, ainda bem, caso contrário eu estaria me sentindo a pior das piores por ter ajudado alguém a ter lucro fácil). Já pedi muitos votos pra fulano, regida pela ilusão daquelas palavras utópicas de mudanças e  blá blá blá.


Concordo com o que diz o texto do colega: "NÃO JOGUE FORA, EMBORA QUE PEQUENA, A SUA OPORTUNIDADE DE TENTAR FAZER UM PAÍS MELHOR. Não é tudo igual, acompanhe seu candidato após as eleições, saiba o que ele fez, e se não tiver de acordo não vote mais nele, dê oportunidade a outro com outras idéias. Mas principalmente fiscalize e cobre."


Como estou sem tempo e estômago pra fiscalizar e cobrar, prefiro ir pra ilha de Lost até acabar de passar nesta avenida o samba popular no cenário de nossa pátria mãe tão distraída.
Enquanto isso....quem lê e escreve tenta se dar bem.

sexta-feira, agosto 20

O Valioso Tempos dos Maduros

Contei meus anos e descobri q terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que presente.

Sinto-me como aquele menino q ganhou uma bacia de jabuticaba. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.

Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias q não fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturas.

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral. As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana, que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge da sua mortalidade...

Só há que caminhar perto de coisas e pessoas de verdade. O essêncial faz a vida valer a pena. E para mim, basta o essêncial...

Mário de Andrade

segunda-feira, agosto 16

Frag-Mentais

Quando era pequena observava
o estranho fantástico mundo da gente grande

e no meio dele, tinha a minha vizinha

que ria quando eu falava dos meus amigos invisíveis.

Mas enquanto eu brincava com eles

observava também o imaginário dela

que sempre esperava seu noivo voltar de viagem

e ele nunca mais apareceu.

EC

quinta-feira, agosto 12

Aconteceu comigo. E se fosse contigo?

- Hey....moça...onde é que você vai?
- Eu?
- Tá saindo e levando o livro também?-  Ele se aproximou e segurou meu braço com ausência delicada de abordagem.
- O senhor pode largar meu braço. Que isso?
- Este livro ai...eu vi você saindo da loja com ele e abrindo a bolsa. - Falava alto e atraia olhares das pessoas.
- O senhor pode largar meu braço que te explico.
- Então devolve o livro.
- Claro que não. É meu. Eu paguei por ele agora. - Respondi desvencilhando-me do segurança.
- Tá bom...sei...Ô "fulano"..chama o gerente lá. - E mais gente ao redor parava sua vida e olhava aquela cena.

O outro segurança em questão de segundos apareceu com o gerente. Um homem franzino, mas com olhar truculento.
- O que foi? - Perguntou o gerente da tão grande loja.
- Esta moça está saindo da loja sem pagar.
- Eu saindo sem pagar? Claro que não eu...
- To de olho daqui ó...tava abrindo a bolsa e colocando o livro dentro. Aqui na minha cara mesmo.
Mais gente chegando.
- A senhora por favor me acompanhe.- ordenou o gerente sem saber o que eu tinha pra dizer.
- Eu não vou acompanhar ninguém. Posso explicar?
- Lá dentro.
Minha paciência cultivada por horas intermináveis de meditação, pediu licença pra sair daquele recinto.
Aproveitei a platéia. Lotada já. Umas vinte pessoas assistiam aquele espetáculo de equívocos.
- Acontece senhores - falei alto mesmo - que eu fui pagar este livro no caixa e a moça estava colocando ele dentro de uma
sacola plástica e eu disse que não precisava de sacola plástica pra não desperdiçar o pouco de integridade que ainda resta na natureza, minha bolsa é grande. Então ela me disse pra levar a notinha.- Claro que sim!
Ali mesmo peguei a notinha que tá aqui, levantei a mão e mostrei pro gerente, e vim caminhando até a saída e guardando o livro dentro da minha bolsa. Foi quando este senhor me interrompeu.

O gerente olhou a notinha e o livro.
- Tá bom. Tudo bem. Esclarecido. Boa tarde.

Ele já ia se virando pra sair, quando um destes estudantes calouros que pagavam trote no sinal de trânsito disse alto:
- Vai embora assim? Não vai pedir desculpas não?
O gerente riu sem graça:
- Por favor me desculpe.
- E o outro ai..não vai pedir desculpas também não?
Escutei algumas vozes de apoio vindas daqueles que estavam assistindo.
-É isso ai mesmo..desculpa ai..pede logo..
O segurança:
- Me desculpa?
Eu respirei fundo e fiz um sinal afirmativo com a cabeça e fui saindo.

Uma senhora surgiu e me convidou:
- Conheço uma advogada que vai botar esta loja no pau...quer o endereço? Isso não se faz.
- Se fosse comigo eu meteria um processo em cima e ia receber cem vezes o valor gasto no que comprei... me fazer  passar esta vergonha? Não mesmo, cara...- disse  o calouro.
- Deixa pra lá - eu respondi - deixa. Obrigada.

A platéia se dissipou e todos voltaram a seguir seus caminhos. Satisfeitos com o desfecho ou não.
Fui caminhando até o prédio onde ficava o consultório do meu médico. A mesma senhora ainda me fazia companhia. Ela falava sobre o processo que ganhou anos atrás, numa tentativa de aguçar o que eu não sentia ou não queria sentir naquela hora.
Horas depois refiz o mesmo caminho de volta pra casa e passei em frente a loja.
O mesmo segurança estava lá, ele não me viu entrar porque se despedia despistadamente de uma mulher grávida que lhe mandava beijinhos. Deduzi que eram casados.
Lá dentro, comprei o mesmo livro. Pedi a moça pra colocar na sacola branca de plástico. Na saída eu entreguei a ele.
- Toma, você vai gostar de ler, aceita este presente.
- Pra mim?
- Sim. É o mesmo livro que comprei naquela hora. Por favor, não jogue a sacola no lixo e nem  o livro.
Ele pegou da minha mão e eu fui embora. Não olhei pra trás.  A vida continuava e eu me absolvia.

*Não vou fazer merchandising da loja e das outras pessoas. Bobagem.
Mas o livro que comprei nas duas vezes que entrei na loja é O LIVRO DO PERDÃO.
Leia também!

Há braços!!
Elisa C.

sábado, agosto 7

Samba de alforria

Desatei o nó na garganta
acendi as luzes do meu corpo camarim
bebi a dose certa na madrugada
minha paixão que canta
pros boêmios de botequim
há muito tempo não me ouvia
acalentar o samba que te fiz
enquanto você me deixava
libertando as chaves da casa
deixando o copo vazio
a cama sem cio
e a saudade só pra mim
Hoje eu resolvi acertar as contas
desta mágoa
quebrei correntes
dei alforria pro meu coração
estendi no palco
tapete vermelho
deixa passar esta dama
da desilusão
deixa cantar esta voz
que não estamos sós.

EC

domingo, agosto 1

Receita de poema comestível

Ontem,
reuni-me com o azeite de oliva, as salsas, os tomates, dentes de alhos e coentros
aos poucos
os amigos foram chegando
lavando
conversando
picando
bebendo
amassando
cozinhando
rindo
fritando
cheiro de amizade fervendo na mesma panela
fogo brando
tempo digerido
poema no prato
festa em minha aldeia
reunidos em noite
de mais uma santa ceia.

EC

domingo, julho 25

Frag-mentais

Meu desejo atualmente
tá namorando a mais jovem Metáfora que apareceu nas redondezas.
Tenho medo dele se apaixonar
a pedir em casamento
e depois deixá-la na porta do altar
quando acabar o alumbramento.

EC

Frag-mentais

Mas o beijo
é só a palavra na ponta da língua
encontrando a outra
que a poesia ensina a falar.

Frag-mentais.

Meu aquário
e daquele cercado de vidro
que aprisiona peixinhos
que nascem e morrem sem saber
que a água que troco toda semana
é doce.

Frag-mentais

Freud  ensinou tão bem a desviar-me do foco da rejeição.
Me faço de vitima do otimismo.

Frag-mentais.

Meu dia é um moço bonito vestido de anjo
que me acorda do sono de manhã cedo
chega sempre junto com o sol
as vezes, mesmo sem o céu azul
ele me mostra as nuvens.

quinta-feira, julho 22

Só por hoje, amanhã, depois, depois....

- Fiz o que tinha que ser feito. Já sei que a burocracia vai impedir mas vou em frente; QUERO A MEMÓRIA VIVA E AGORA!
Visitei a casa do Sr. José Luiz de Oliveira, ele não estava lá pois já está no céu.
Eu que sempre recebi convites dele para comparecer e nunca ia. Agora foi minha vez de entrar em cena junto com seus livros silenciosos na sua biblioteca vazia, seu livro de correspondências de décadas e décadas de dedicação a literatura, diplomas do reconhecimento que a simplicidade é a mais alta patente da sabedoria; fui bem recebida por sua filha que abriu os braços para minha chegada e meu abraço pediu perdão a ela por tantos anos de ausência. Pedi a eles permissão para lutar por sua valorização. Quero nome de rua, nome de praça, biblioteca, espaço...quero fazer tudo o que pode ser feito para que sua permanência entre nós não tenha sido em vão. Quero lembrança viva e a história contada sempre como lição. Referência de humanidade. Quero ser perdoada por anos de omissão. Quero que o tempo saiba que estou fazendo o que manda meu coração e minha consciência. Vou pedir pra fulano, encaminhar ofícios pra cicrano, telefonar para aquele, assinar solicitações etc...
Mais tarde atendo telefonema, eram as lágrimas de sua outra filha que me agradecia. A emoção sadia é eficaz contra a pieguice, (a razão é que me disse).
- Devolvi celular encontrado. Visitei amigos, cheguei em casa, encontrei silêncio, paz e estas palavras
que estão aqui em cima, me esperando pra conversar e me abençoar.

É noite de lua!

EC

domingo, julho 18

Reafirmo e dou fé;

Não gosto de gente encarcerada,
atrás das grades do egoísmo e superior conduta,
com o carisma blindado e amor inventado;
para mim (e tantos outros)
são como provocantes náuseas
passeando na avenida da minha memória

e como possuo um parafuso a menos na cabeça
fica mais fácil dar um F5
para que meu romantismo
logo, logo de gente assim
se esqueça!
Oremos!

FikDik!

Carpir e já!

Não é por nada não
mas é por toda cumplicidade
que o verbo falante
veio hoje de manhã e fez questão de me beijar
era minha prosa ansiosa
pelo verso Carpinejar.

Anjo enquanto Angela


Ontem mais uma vez
deixei-me levar pela liberdade Ângela
pelo seu sorriso que pousa em todos os territórios
sem preconceitos,
 fronteiras, distinção de raça
ou de cor que esteja impressa na alma
 no momento em que ela traduz a sensação de
constante amanhecimento quando canta
 e todos os males espanta.
Angela não está encouraçada em minúsculas atitudes
poderei sempre localiza-la no mapa
iluminando os meridianos,
pontos cardeais e latitudes
mandando a minha tristeza entrar pelo cano.
Soberana e abrangente,
ela faz som e fúria com o espaço do acaso,
Angela enquanto anjo
tratou lá em cima de chegar aqui sem placa de avisos e restrições,
sem reservas porque o semelhante necessita é de explosões,
erupções 
 movimentos tons de euforia não artificial
(é meu irmão
a mesquinhez com ela se dá mal)
Anjo enquanto Angela
é lição que não se desaprende,
é criação que não ofende,
é dia nítido dizendo
que ela não cabe só aqui dentro deste poema
ela é CENA e TEMA!

(Para Ângela)


terça-feira, julho 6

Maratonas - Parte 1

Tô correndo daquele pseudointelectual chato que ostenta pedigree diplomado,
e faz questão de citar Darwim,Nietzsche e toda aquela turma  de estrangeiros bacanas que ajudaram o
semelhante a enriquecer seu tempo com a leitura, tô passando batido do cara que não acredita em Deus e
se veste de inquisidor para atochar na cabeça dos neófitos que a origem de tudo se compra com metal.

Liçoes precoces de anatomia

O primeiro curso basiquinho técnico profissionalizante que fiz foi um de enfermagem. Tava lá nas opções. Gostei.
Daí para o primeiro circulo de amizades foi fácil. As conversas de corredor, os novos colegas de turma,
os professores sádicos e loucos. Mas só uma coisa nos calava: as aulas de anatomia. Pedaços de pernas, braços, corpos dissecados e nosso silêncio ao redor. Eu não conseguia identificar artérias, veias, músculos, nada daquilo que cinzamente exalava o cheiro forte de substâncias químicas que insistiam em atrasar a volta ao pó, me fascinava. Nada daquilo me atiçava maior curiosidade do que a de saber quem viveu naquele pedaço de perna que estava ali na minha frente. Que resto de corpo se encaixou ali um dia. Por onde esta perna andou, que caminho seguiu até encontrar-se com o destino de ser um quebra cabeça para um olho arregalado como o meu? Que alma habitou ali? A sala era enorme, e várias mesas tinham "objetos" a serem estudados. Eu percebi a finitude na minha cara desde cedo.
Numa aula de segunda pós domingo entediante, chegou estalando de novo o cadáver de um homem de trinta anos. Inteiro. Encontrado sem saber onde e daquele jeito sem saber porque. A vida interrompida pra gente analisar.
- Não sei o que coube ali, dentro daquele coração visível a olho nu. Não sei se o que fez enquanto respirava. Só sei que as aulas acabaram, o curso concluído e eu nunca mais usei o diploma. Já tive chance prematura o suficiente pra  saber o que fazer enquanto utilizar as maravilhas do oxigênio.

Hoje nenhum sentimento negativo me atormenta, dou risada de todo gesto vil e abjeto.
Nenhum semelhante que use a ruindade me assombra.
Agora, se vai servir pra estudo, isso aí a vida que vai dizer.

EC

domingo, julho 4

Não Dominicaos

Este céu azul parece tanta anunciação,
a falta de umidade não me impediu de fazer música;
o dia comportou-se direitinho
feito menino educado para servir as boas maneiras aos passantes,
alva luz entrou pela cortina aberta,
botou beija flor no quarto
veio sensação de conforto e plenitude,
uma satisfação chegou junto com o frescor do vento
lembrei de Deus naquele momento
que deixou que hoje eu visse
a janela que aberta estava
era sinal para que eu esquecesse
daquela porta ontem  fechada.

EC

quarta-feira, junho 30

Prado de Adélia



Não quero os gritos
sufocados no corpo
dentro das masmorras dos castelos
das loucuras de Ofélia.
Quero o manso colo
que me acolhe nos versos
campos Prados
da liberdade de Adélia.

EC

Para ler com o descobrimento

Sinto a pena endurecida em dias de estio intenso
dias de castigo para o chão sem água penetrando
virgem me sinto sem o assédio daquela palavra,
entro de sola nas taquicardias de um verso fecundando.
Ontem senti o desamparo de saber-se só,
a manada passou sem nenhuma cerimônia
e quase leva o novilho em redemoinho junto
afogando suas patas neste turbilhão de andanças.
Mas meu pedido vem em forma de oração
e não há semi deus nenhum que interfira,
é no altar que coloquei nossa comunhão.
Eu sem rédeas, sem pudores
sem disposição para alimentar os rancores.
Atravessando o deserto da cozinha até a sala
procurando caminho do entendimento
de ser diferente porque sei em quem não pisar;
o silêncio me convidou a enxugar os olhos
quando a minha varanda mostrou
que nela estava uma solitária flor
vencendo os limites de uma porção de terra
dentro de um vaso de plástico
ela insistiu em ser natureza
assim que a vi desabrochar.

EC

Este poema é para minha mais nova inquilina, que batizei de Olinda,
a flor de maio que acabou de chegar aqui.

Escolhidos

Eu tinha opções lá naquela tarde de terça feira,

Onde o abre-alas cantava na chuva fina do verão de carnaval,

Uma série de tarefas a fazer, veio logo me visitar, enquanto chorava o primeiro engasgo de sopro de ar estreando naquela sala de parto.

Dizem que as rezadeiras passaram na rua depois do bloco.

Não sei se a oração subiu até aquele andar, mas o milagre existiu naquela urgência.

Quando veio o manto da sensibilidade para embalar o processo humano de

toda neo-existência, eu senti aquela proteção ali bem pertinho de mim.

Como se as impurezas futuras estivessem fora de foco.

Mais tarde fui percebendo as dores do mundo

aqueles dissabores profundos que levam o ser humano a se ajoelhar

e se sentir oprimido diante de uma grandeza que nem sei medir.

Mas se o sofrer engrandece porque então se diminuir?

É o presente fato de novo

Dos revezes mal percebidos;



Ontem vi a minha vizinha sair de casa pra ir morar numa comunidade

Hare crisna.

Vou esperar ela voltar porque receita de bolinhos de espinafres ela sabe

fazer como ninguém.

E alguma coisa iluminava nossos pratos ao preparo em volta do fogão.

Escolhemos saber cozinhar e nos reunir.



E quando a saudade dela bater, eu vou abrir nosso caderno de receitas.

assim só eu poderei alimentar a expectativa de uma volta.



Tem gente que escolhe ser saudade ausente

Outros decidem seguir um atalho mais rápido pra chegar ao não sei onde.

Mas aquele engasgo lá atrás me vitimou a ser acolhedora.

As vezes entro numa caverna onde toda claridade some,

e o breu se convida a ser meu guia.

Ando por ela todinha e depois saio de lá com os olhos mais apurados.



Alguns se resolvem numa travessia,

Outros querem estender a passagem toda se remoendo.

Eu escolhi caminhar a passos pequenos,

Que seja assim minha escolha na vida

Porque escrever é minha alavanca,

que me dá forças pra tocar as manadas de pedras,

Fazendo-me entender e alcançar o verbo: palavra!





EC

quarta-feira, junho 23

No long time...


Era uma tarde bobinha e já com muito azul escurecido.
Mas a gente tava lá. Os violões nas mãos dos meninos e "uomanocrai" sendo tocado
a revelia, o som saia despretensioso porque a letra já estava em nossa cabeça.
Um recanto inocente na serra, e cada um  com a garrafa em uma mão e na outra, a outra mão do colega do lado.
E a gente dançava o ócio ocupado com a já longinqua puberdade, beijar não tinha tantos efeitos colaterais.
Não me lembro de ter preocupação com a neura do vizinho de cachimbo.
Não me recordo de nenhum de nós incomodados com a arrogância do fulano que ali estava.
O egoismo nem era tão assim explicitado.
Hoje vejo estes noviços, com tanta pele lisa e já enrugada pela prepotência e preconceito
parece que o olhar é faca cravada no peito dizendo: não respire antes que eu te congele.
Não sei por onde andam mais os carinhos e os passos largos da amizade.
Só sei que,
sentar numa roda de viola com a versão do gilberto gil,
dá saudade
subir de mochila nas costas
acordar no meio do mato fumando maconha de marombeiro
é lembrança que dói até a eternidade
é cachaça de uma falta
que não passa...
não passárgada..

sexta-feira, junho 11

Depois de uma noite iluminada
na companhia do mel de clara,
atravesso a Av. Brasil cheia de acidentes
e percurssos sonolentos.
Acordo no abraço amigo de meu hermano Andreas.
Entre falas, idiomas confundidos e missões apreensivas
caminhamos até o IML.
Fotos, sustos e alívios por não encontrarmos o que a dona hipótese sugeria. Zero pra ela.
As pessoas não deveriam ir a igreja com tanta frequencia pra rezar para seus santos
pensando estar eles com balde e vassoura para lavar suas consciências.

As pessoas deviam ir visitar o Instituto Médico Legal de vez em quando.
Só pra ver seus semelhantes em estado de putrefação,
mortos e ignorados. Sendo prestes a serem enterrados juntos com todo o estilo de vida
que levaram um dia. Só pra sentirem o fim que TODOS nós teremos.
Verem a carne se desmanchar, cheirar mal, o olhar se decompor.
(Já vi seres vivos também em total estado de sentimento terror.)

Se esta visita fosse mensal, só pra ter a certeza de que não vale a pena
ser minúsculo, ser mesquinho e arrogante
aprenderíamos com eles que o inevitável é único.
Não perderíamos tempo com discrepâncias e maldades.
Não nos prenderíamos a sermos causadores de pequenas infelicidades.
Não adianta,
é tudo o mesmo destino do pó.

Inícios

Quando decidi amar aquelas crianças, foi difícil. Enquanto atravessava o corredor daquele imenso hospital perguntas várias me atravessam. Até com médica me confundiram. Devem ter visto minha anja da guarda que é uma doçura de espírito socorrista sempre ao meu lado. Recebo abraços, beijos e carinhos imprimindo a eternidade neste momento que resolvo melhorar por dentro. Depois as deixo no leito e vou doar abraços, carinhos e beijos nas mães. Fim do dia, começo de um novo ciclo. Entro no carro e Lui me pergunta se estou bem. Bem pronta pra não chorar ainda. Quero ver até onde posso ir. Chegar, buscar e conseguir.
Quando decidi não deixar aquelas crianças, foi fácil.

Rio, pré inverno de um coração solar

terça-feira, maio 11

Do livro do mês

Maio chegou pro mundo inteiro.


Em seu primeiro dia é feriado

Lembrando aqueles que não descansam a mente

Lembrando aquela toda gente

Que colhe os frutos de seu itinerário.

Este dia deu trabalho.



Maio chegou fazendo festa em meu terreiro

Ofertando em seus dias

a lembrança das mães,

a extinção dos cativeiros

as minhas amigas nossas senhoras de Fátima

e santa Rita

Lembradas em seus martírios

Cultuadas no coletivo.

A fé tem o meu princípio ativo.



Maio me equilibra

Me convida ao próximo

Mês que escolhi para inaugurar as crianças

Sei que no meu céu

A ilusão não se disfarçou de esperança.

sexta-feira, abril 23

Dia de Jorge-Festa na Lua, festa na rua.


Jorge deve saber
que passei o dia aperreada
assustada ainda estou
o mês de abril e seu reino outonal
trouxe-me alegrias e tristezas.
Minha compaixão deixou o sedentarismo de lado,
meu amor reforçado ainda mais
a todo meu próximo semelhante
deixou de ser errante
na garupa de seu cavalo, Jorge
quero exterminar de vez o dragão do ressentido acaso.
Chorei as lágrimas prontas para serem derramadas,
deixei a profunda respiração dominar todo meu gesto de calmaria.
Serenidade a esta altura da vida
é minha lança; e é com ela que vou sentar praça na cavalaria.
SALVE!

EC

sexta-feira, abril 9

Tarde de um abril despedaçado

O meu telefone não tocou naquele dia.
Em momento nenhum fiquei sabendo
Só um leve sinal de coração doendo
Insistia em querer me avisar, do seu jeito,
o vazio que estava se formando no meu peito.


Diferente foi de uma tarde de semanas atrás
Em que por instinto apressei meus passos
Da cozinha até o quarto
rapidamente eu disse: alô!
E com sua voz sorrindo, falando com o tom da nobre simplicidade.
Enriquecido com a brincadeira ele me fala: aqui é o seu avô!


Conversamos alguns minutos de um tempo
Que no meu relógio chamei de paz
Disse que gostava muito de mim
É maravilhoso ouvir
a recíproca que a vida traz.


Depois que desliguei,
abençoada por aquele momento,
voltei pra cozinha
temperei com mais ternura o alimento.
Sorri para aquela lembrança,
para a voz que há pouco, entrara em meu ouvido
e soube se desviar dos atalhos da razão
indo aportar direto no meu coração.


Porém, naquele dia tudo era silêncio estranho.
Pela correspondência eletrônica,
de um grande e imortal amigo,
soube que o maestro partira
da sua orquestra sinfônica.


Tudo ficou escuro e sem chão
mesmo assim, tateando entre as paredes trêmulas
procurei pela sua viúva poesia na prateleira de minha estante
ela e eu choramos sozinhas com seus versos
filhos que também queriam colo.
Abracei os seus livros
como se fosse de encontro à sua família.
Velamos a sua ausência
e o medo de lidar com a saudade de sua esperança
sua confiança em leitores melhores
sua colaboração por uma sociedade sem os piores.

“As pessoas boas não morrem, ficam encantadas”, disse Guimarães Rosa.
Enquanto isso eu fico assustada
com a escassez da raridade de cada exemplar
ceifado quando a dona morte escolhe um doador de sonhos.
“Deixai aos mortos os cuidados de enterrar seus mortos”.Também
escreveu Lucas em seu livro sagrado.
Por isso minha ausência na cerimônia de sua “despedida”
nunca gostei do ritual humano do último ato ao final da vida
exatamente porque sei que ela não tem um fim, apenas recomeço.


Ele teve tempo de ser meu simbólico “vovô”.
Ser o pai das palavras sutis
atravessar décadas de histórias e experiências.
Teve tempo de inaugurar as estações de sua solidariedade
com os encontros onde se faziam presentes
toda respirante criatura
que acenava, mesmo que de longe,
os dons de simpatia com a literatura.


Hoje, vai continuar escrevendo lá em cima
ao lado de um Deus que, tenho certeza,
existe para todos nós poetas.
Perto da lua ele desperta
contando ao vivo, a obra que fez, para nosso mestre Jesus.
Em seu legado, deixado para nós aqui na terra
Sr. José Luiz,
agora é LUZ!


Elisa Carvalho
Numa tarde esquisita de abril despedaçado.
Homenagem para Sr. José Luiz de Oliveira
que voltou para Nosso Lar.

domingo, abril 4

Acredito que o azul do céu existe pro Diego.

Eu queria expressar este aperto no peito. Mas ainda assim o farei tão logo a melodia de sua vida se aproximar de uma instância superior a da minha saudade. Por enquanto ainda é explicação, ainda é espanto, ainda é sua vida...ainda é sua lição.

Míriam Leitão escreveu em seu blog:

"Diego ficou na memória como um lamento forte, um alerta, uma convocação geral, uma parada no tempo em que vamos perdendo aos poucos a sensibilidade. Porque ele tinha o lindo apelido de Azul, porque ele tocava um instrumento, porque ele não tinha nada que morrer agora com tanta coisa a viver ainda, porque seu choro em outubro foi tão sentido que só de ver a foto muita gente chorou com ele, porque ele era pequeno e grande esse espaço hoje é dele. Todo dele: o menino Azul."

O céu agora é todo AZUL pra você.
Obrigada!

Texto na íntegra:
http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2010/04/03/menino-azul-280462.asp

segunda-feira, março 22

21 de março é o seu dia!

Queria citar os nomes
chamar cada pétala residente nas flores que cultivo
em meu jardim secreto
cada uma exala seu perfume específico
são todas bem-me-quer
este festival de entra e sai
em minhas linhas não tortas
é que desafia as leis da natureza
que afirmo nunca estar morta.

Queria gritar os nomes
das mulheres, das crianças
dos homens
Meu Deus, são tantos
são todos os que amo,
morando comigo na pátria-amizade
cuja capital é a Esperança,
que não cabem aqui
que não cabem a mim
esquecer de nenhum
eles sabem
de quanto os lembro
toda vez que escrevo
são minhas cenas
meus temas
jorram na fonte dos poemas
que faço para não serem meus.

Abraçar a todos
é o que eu queria
uns estão longe, outros nem tão perto
mas o calendário disse
que hoje o dia por mim lhes beijaria
tá decretado: 21 de março é o dia da POESIA!

Você que chegou até aqui

e tudo leu
já sabe que
toda vez que meu coração bate
é sinal que ele não te esqueceu.

Com  o amor da
                                                      Elisa Carvalho 















sexta-feira, março 12

Mantra do dia!

Não diga tudo quanto sabes, não faças tudo quanto podes, não creias em tudo quanto ouves, não gastes tudo quanto tens. Porque quem diz tudo quanto sabe, quem faz tudo quanto pode, quem crê em tudo quanto ouve, quem gasta tudo quanto tem, muitas vezes diz o que não convém, faz o que não deve, julga o que não vê e gasta o que não pode.”



(Provérbio Árabe)

E se eu fosse do avesso....

Talvez acontecesse outro resultado...
outras palavras...

To be or not tupi?

quinta-feira, fevereiro 25

Milagre da espera

Como um paradoxo matinal
sorvi os contrastes solares
das palavras dos amantes
boca maldita nas estepes
lobos famintos e solitários
repousam saciados
na cova de suas presas.
Esconderam dos homens suas próprias trevas?
Alucinam as nobres visões do apocalipse
enquanto uivam desesperados
pelo próximo eclipse.

PS: Quero Maiakóvski e sua língua
passeando séculos em minha espera
vestindo-me de lua que serei
amanhecendo-me em sua teia
no caminho
que eu sei
que sangra
um baque
na veia.

domingo, fevereiro 21

Assim também amo meus amigos.


Torta de maçã
Ingredientes


6 maçãs médias
4 gemas
4 colheres de farinha de trigo
1 lata de leite condensado
1 lata de leite

Modo de Preparar
Corte as maçãs em fatias e forre uma travessa com cerca de 40 cm.
Leve ao forno para dar uma secadinha. Cinco minutos são suficiêntes.
Enquanto isso, misture as gemas, o leite condensado, o leite e a farinha de trigo e bata no liquidificador.
Despeje a mistura sobre as maçãs e leve ao forno por mais 20 minutos. O ponto é quanto ficar um creme firme, parecido com pudim.

Para Cobertura

Para fazer o merengue da cobertura, misture as claras e o açucar numa panela e leve ao fogo.
Mexa até dissolver o açucar.
Em seguida, bata na batedeira até formar um merengue.
Cubra as maçãs e coloque no forno até dourar.

Reuna uns bons amigos na cozinha e vá preparando uma receita que você adora.
Não esqueça de comentar sobre coisas leves, falar bobeiras soltas, rir de si mesmo
e sobre a consideração daquele momento compartilhado.
O sabor vai ficar diferente. Experimente!!!

sábado, fevereiro 20

Um dos presentes que ganhei.

Um dos presentes que ganhei no dia 11.
Essas três Bastianas são maravilhosas!
Adoro!!!!

Quando fevereiro chegar...

Ele chegou trazendo meu aniversário em seus dias.
Foram três festas, três comemorações,
parecia que eu estava comemorando de verdade esta nova fase.
E estava.
Trouxe o carnaval com mar e sol escaldante.
Trouxe a sombra fantasiada de aquecimento global.
Trouxe a produção musical.
Trouxe amigos novos
e realçou os mesmos bons companehiros de sempre e sempre.
Não sei porque, mas toda criança que encontro na rua
me sorri.
Olho pra elas que já me recepcionam com uma expectativa
que nem sei dizer o que é, mas sinto que é positiva.
Existe é está VIVA!
Vou descer pro play
porque quero mais é brincar.

quinta-feira, fevereiro 18

Sonho não se divide. Multiplica-se!

Sara Bentes e Bianco Marques!
Obrigada!

segunda-feira, fevereiro 15

Abrigos solares

O sol derrete
não penso direito
luz que me afeta
desorienta
o que quero é sombra
de uma árvore repleta de pássaros em seus galhos
encontro uma
oferecendo-me abrigo em suas folhas tímidas,
mas unidas para me protegerem,
olho pra cima
não há sinais de pássaros
eles sabem voar
e a hora certa de pousar.
Eu, não sei ainda.

quinta-feira, janeiro 28

Não tenho pena...

Ficamos dentro do ônibus mais de uma hora
em Barra do Piraí não havia passagem pela rua inundada
pessoas perplexas
rio na dele
fazendo seu papel
rio não é vilão
curso d'água não é maldição
pessoas complexas
sem saber o que fazer e nem pra onde ir
não resisti
fotografei a impotência
o Paraíba estava nas ruas
seus vizinhos apenas "vendo"
todo objeto não identificado que ele estava devolvendo
Ninguém se tocou com aqueles lixos
na água boiando
a natureza reclama seu incômodo
enquanto a ignorância humana

continua flutuando.

Janeiro no fim....

Janeiro úmido
chuvoso
calendário diferente,
lágrimas e chuva e lágrimas
perdas e notícias
que deixam a gente sem telhado
janeiro engraçado
criações
encontros e animações musicais
letras novas
Sara e Bianco, dois anjos meus permanentes,
melodias de verão
(soa popneutron esta frase ai em cima)
Casamento de Géssica e Virgílio
festa para os noivos lindos
reencontro de parte da família
os descendentes de vovô materno são animados e chics
idas constantes à Minas Gerais, Ana e Renê foram embora,
mas antes rodamos muitas estradas,
festas de Roma
comemorações e apelidos.
Promessas começando a serem cumpridas (mas já???!!!)
Sensações de Dejà Vu com esta galera que esbarro nas salas...
Passaporte saindo
medo antecipado
verão do lado de lá
ainda é janeiro do lado de cá!

Wie geht es Ihnen?

terça-feira, janeiro 5

Angra é dos Reis.

Enquanto eu dormia
um novo ano nascia lá fora
quando vi que meu sono foi causado por excessos rápidos de espumantes e pedidos
coroados de expectativas
me rendi ao direito sonhar nas primeiras horas do primeiro dia de um janeiro molhado.
As seis horas da manhã acordei com o coração pesado
eu sabia que as águas que haviam caído
deixaram um silêncio no amanhecer daquele litoral que tanto amo
e que tanto me sustentou financeiramente
que para praticar o amor me ofereceu sua gente
seu visual e seu verde mar.
A notícia fez desmoronar meu coração
vi de perto as primeiras dores do ano
os primeiros desesperos
os primeiros pedidos de socorro
aquela cidade
que tanto me oferece carinho
encheu suas ruas de murmúrios
chateou os sensíveis
incomodou os que se estatelavam no poder público.
Angra ainda é dos Reis
que desceram o morro pra ganhar a vida
mas agora não mais sobem
......porque a natureza, em seu inocente papel, abriu uma fenda
e a cidade ficou ferida.

EC

segunda-feira, janeiro 4

Em 2010.

"E continuarei compondo enquanto tiver inspiração. A música está dentro de mim,pede para sair e não há jeito de contê-la. As composições que não conseguir imprimir e nem guardar, deixo-as para meus descendentes.
Tanto as impressas como as inéditas são a marca da minha passagem por este mundo de Deus."


Nabor Pires Camargo