Como um paradoxo matinal
sorvi os contrastes solares
das palavras dos amantes
boca maldita nas estepes
lobos famintos e solitários
repousam saciados
na cova de suas presas.
Esconderam dos homens suas próprias trevas?
Alucinam as nobres visões do apocalipse
enquanto uivam desesperados
pelo próximo eclipse.
PS: Quero Maiakóvski e sua língua
passeando séculos em minha espera
vestindo-me de lua que serei
amanhecendo-me em sua teia
no caminho
que eu sei
que sangra
um baque
na veia.
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