terça-feira, setembro 25

Espetáculo: 1/4 de escuro







Os atores Feliph Fagundes e Flávia Peres atuando em "1/4 de escuro" de Elisa Carvalho com direção de Felippe Terra.
Fomos indicados para melhor espetáculo e melhor atriz no Festival do SESC- 2007.
Voltaremos em novembro-2007
Aguardem!
Felippe Terra

segunda-feira, setembro 24

Espetáculo Que História é essa?!


Cena do espetáculo: "Que história é essa?! (a comédia)" de Elisa Carvalho com direção de Leslie Assis.

Teatro GACEMSS-2007

Sucesso de público e crítica.


Ano que vem a peça tá de volta galera.

Aguardem!

Felippe Terra

Carvalhos e Elisas


Com quantos paus se faz uma canoa?
Perguntinha estranha né?
E bem difcil de se responder, se pensarmos bem.
No entanto, mais complicada ainda é a seguinte:Com quantos carvalhos se faz uma Elisa?
Ihhh, isso vai dar pano pra manga.
Provavelmente não exista mais a quantidade necessaria, porque a Elisa é unicamente inesquecível para quem entra em seu universo.
Ela é bela, dona de desejos repentinos e que nos puxam pra viver sempre ao seu lado.
Elisa e saudade são palavras que caminham juntas.
Encantadora, boa de papo e de boemia.
Trocadilhos a parte, essa é a escritora que escreve em nossos corações, a compositora que nos faz amar ainda mais a poesia de sua música e a poeta que encanta nossas mentes.
Nos leva a viver numa vida onde canoas e paus não existem, apenas Carvalhos e Elisas.


Felippe Terra e equipe
Pelo prazer em trabalhar com você.

segunda-feira, setembro 17

Confissões da quarta 3loucada...rs


Raras as vezes que enfrentei filas de camarim.

Não conheci Jerry Lewis, Jim Carrey e o Carequinha.

Nem precisa.

Sabe a fórmula certa para saber brilhar?

É ter bom humor para saber chegar à constelação.

De dramas já bastam os da vida real.

Ser artista é normal

não ser esquecido

é natural

quando se sabe que o riso

é a coisa mais séria que pode se fazer

para provocar saúde!

Espero estar sempre junto de vocês

mesmo que seja dentro

de um sincero aplauso!


EC

Quem viver...lembrará


Há semanas que fujo do vício das mini comidinhas da franquia árabe, em protesto contra a guerra no Oriente Médio (melhor esta desculpa do que aquela velha história da outra guerra, digo, a da que travo com a balança).

Mas ontem não foi bem assim. Ciceroneando uma amiga paulista pela cidade, não deu outra. Fugindo do calor, nos refugiamos no shopping e quando pensava que não estava eu lá sentada de frente com o cardápio provocante, cheio de teorias silenciosas e conspiradoras contra minhas promessas de meia-noite-de-fim-de-ano.

Ouvi de minha acompanhante que o seu analista havia dito que comportamentos deprimentes relacionados à comida eram sinal de anorexia chegando.

Rimos muito quando medimos a distância entre esse distúrbio patológico e nossa massa corpórea. Levaríamos uns dez anos pra chegar a esse sintoma. - Você lembra do Mandiopã? - Ela me perguntou.Imediatamente veio a cena em minha mente: Eu vidrada na propaganda da televisão, vendo eles encherem a panela e minha alegria de saber que morava a dez passos do supermercado. A família toda se reunia para saborear, num ritual quase típico dos bolinhos de chuva.

E o pirulito Zorro? Eu achava que era mesmo do herói lindo-mascarado, mas nunca o via nos filmes, provando um.

As balas de leite Kids. Eram Sá, Rodrix e Guarabira (que honra!) cantando pro baleiro rodar.“Pegue a bala mais gostosa do planeta, não deixe que a sorte se intrometa”.Eu ia até à padaria comprar um monte delas e olhava para o lado, atenta, com medo da “sorte” chegar e se intrometer na minha deliciosa aquisição. Chegava com elas nas mãos, misturadas com as Paulistinhas, aquelas compridas e coloridas.

Assistia ao desenho do Barbapapa. Lembra da família?Detestava domingos. Tudo estava fechado e o que reinava na telinha era o tal do Sílvio Santos. O cara ganhou muito dinheiro com a minha solidão. No quadro do “Boa Noite Cinderela”, eu achava que todas as meninas de minha idade teriam o mesmo destino. Escrevia e mandava muitas cartas, só que nunca era chamada. Minha avó consolava-me e dizia que o “baú” dele estava cheio delas, por isso demorava a chamar. Mas eu ia crescer. E se quando ele me chamasse eu já estivesse grande demais? Será que iria conseguir realizar meus sonhos mesmo assim?Muita coisa pra recordar. Só desejo mais uns tantos anos vividos para que eu continue lembrando, lá no futuro, das calorias extras que eu relutei em conviver no presente, pelas cenas da infância bem nutrida de ilusões, guloseimas e alegrias infantis do passado que não prejudicavam o colesterol.Depois da nossa sessão nostalgia regada a lágrimas sorridentes e vários chopps sem colarinho, tudo acabou em uma suculenta pizza sem culpas encrenqueiras. Mas e os sonhos?Os sonhos continuam os mesmos. Muitos deles se transformam em lembranças. Quem viver... lembrará.


Elisa Carvalho

2005

quinta-feira, setembro 6

Nostalgia


Fá che piova,
Fá che il cielo
mi lavi il dolor
Fá che piova
che sia la pace
il nome d'amor...

domingo, setembro 2

Medos




O cara não tinha pedigree


Tomava cachaça depois do trabalho.


O trabalho não era tão ruim assim


mas o cara, depois da quinta dose,


deixava os respingos na barba


provando que era macho


o suficiente para esbravejar contra


o salário e o aumento


que nunca vinha.


Depois ia pra casa


comia feito porco,


arrotava em frente a televisão.


Abria uma cerveja


entupia-se de tédio e suor.


Não tomava banho antes de acordar na manhã seguinte.




Ela chegava em casa e o encontrava.


Havia espalhado para as amigas


que estava morando com um cara.


Quarto casamento. Não sabia viver sozinha. Mas não admitia.


Queria continuação da mesma anti-novidade.


Tinha que ter o lado B, tocando no play.


Senão ia servir de assunto pros outros


queria chamar as amigas de invejosas


porque elas não conseguiam um namorado,


um companheiro, um marido ou, na pior das hipóteses


um macho.




Ela


queria alguém


só não queria


saber quem.




Elisa Carvalho