- Fiz o que tinha que ser feito. Já sei que a burocracia vai impedir mas vou em frente; QUERO A MEMÓRIA VIVA E AGORA!
Visitei a casa do Sr. José Luiz de Oliveira, ele não estava lá pois já está no céu.
Eu que sempre recebi convites dele para comparecer e nunca ia. Agora foi minha vez de entrar em cena junto com seus livros silenciosos na sua biblioteca vazia, seu livro de correspondências de décadas e décadas de dedicação a literatura, diplomas do reconhecimento que a simplicidade é a mais alta patente da sabedoria; fui bem recebida por sua filha que abriu os braços para minha chegada e meu abraço pediu perdão a ela por tantos anos de ausência. Pedi a eles permissão para lutar por sua valorização. Quero nome de rua, nome de praça, biblioteca, espaço...quero fazer tudo o que pode ser feito para que sua permanência entre nós não tenha sido em vão. Quero lembrança viva e a história contada sempre como lição. Referência de humanidade. Quero ser perdoada por anos de omissão. Quero que o tempo saiba que estou fazendo o que manda meu coração e minha consciência. Vou pedir pra fulano, encaminhar ofícios pra cicrano, telefonar para aquele, assinar solicitações etc...
Mais tarde atendo telefonema, eram as lágrimas de sua outra filha que me agradecia. A emoção sadia é eficaz contra a pieguice, (a razão é que me disse).
- Devolvi celular encontrado. Visitei amigos, cheguei em casa, encontrei silêncio, paz e estas palavras
que estão aqui em cima, me esperando pra conversar e me abençoar.
É noite de lua!
EC
Um comentário:
elisa tá voltando com tudo moça.
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