Domingo eu subia o morrinho para ir à igreja.
Domingo era dia de botar roupa diferente
para encontrar outras pessoas diferentes
com um único propósito.
Osermão era sempre o mesmo.
Eu reparava era nos tecidos,
nos cortes impecáveis,
nos saltos altos e modelos novos.
Era fashion se redimir.
Ainda é?
Todos os olhares voltados em direção ao padre.
Atrás dele uma cruz enorme.
E o corpo do Cristo de olhos fechados não via nada disso.
Só eu.
Elisa Carvalho
(há muito tempo atrás,
mas não tão distante assim)
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