Amor, ainda dá tempo
vamos driblar essas grandes proporções
que dizem dos aumentos climáticos,
deixa de lado essas pessoas
que se julgam poluentes,
e vamos voltar lá pro comecinho,
onde tudo é puro,
como água batizando a nascente
o ar não é comprometido
os polares ainda são calotas,
vamos sair amor, do concreto desta selva idiota.
Vamos viver na roça!
Jeca é que não és,
maricota é que não sou,
mesmo assim lá, ainda nos cabe
no sertão também se faz o roquenrou.
Vamos fugir das inundações,
da fera terrível da ambição,
construir nossa casinha
plantar milho, feijão
e cozinhar tudo no fogão a lenha.
A rezadeira falou que Deus dá vida longa
pra quem tem simplicidade,
a gente anda de charrete
e dá adeus aos monóxidos que vivem na cidade.
As estrelas não vão nos deixar ter insônia,
ninguém vai desmatar nossa amazônia.
Amor, a gente tem chance
os especialistas não garantem
mas eles erram as previsões,
o tempo de amar é esse
e que se danem os furacões!
Elisa Carvalho
Um comentário:
Oi Elisa
Que lindo esse teu poema
Jeca é que não és,
maricota é que não sou,
mesmo assim lá, ainda nos cabe
no sertão também se faz o roquenrou
Delicioso. Muito obrigado. Daí me lembrei de uma outra coisa que eu li tempos atrás. Se não conheces, prazer compartilhar.
Psicórdica
vamos dormir juntos, meu bem,
sem sérias patologias.
meu amor este ar tristonho
que eu faço pra te afligir,
um par de fronhas antigas
onde eu bordei nossos nomes
com ponto cheio de suspiros.
Adélia Prado
Um abraço
Nilo Neto
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