Fiz a letra e o Bianco Marques musicou.Nossa homenagem carinhosa para estas crianças.
domingo, dezembro 27
quarta-feira, dezembro 23
Prece de si.
Ôôô meu criador que estais na terra assim como no céu de brigadeiro
dai-me a esperança de ser apenas mais una
de ser mais criança quando não quero
de ter mais elegância no meu palpite
quando solicitado e sincero.
Peço pra mim
porque não adianta pedir para os outros
para eles vai somente meu bom desejo
soprado das mãos feito espumas no vento.
Peço para mim a eterna donzelice
e que não seja comida por arrogâncias
corroída por desafetos que encurtam a vida
Painho, mate a fome da inveja com formicida.
Sei que no próximo ano
haverão mais festivais, canções, invenções, versos,
ruas e teatros
e que chegue mais gente pra inaugurar o seu primeiro ato.
Que meus erros cheguem com certificado assinado
que eu realmente aprendo é com eles.
Peço continuar
caminhando na estrada do agradecimento
agregando os amores pelos chegantes mais próximos.
Peço ainda que eu saiba
que toda vez que me levanto
é porque muitas vezes
eu mesma me derrubei.
É isso!
Aquele abraço!
Elisa C.
dai-me a esperança de ser apenas mais una
de ser mais criança quando não quero
de ter mais elegância no meu palpite
quando solicitado e sincero.
Peço pra mim
porque não adianta pedir para os outros
para eles vai somente meu bom desejo
soprado das mãos feito espumas no vento.
Peço para mim a eterna donzelice
e que não seja comida por arrogâncias
corroída por desafetos que encurtam a vida
Painho, mate a fome da inveja com formicida.
Sei que no próximo ano
haverão mais festivais, canções, invenções, versos,
ruas e teatros
e que chegue mais gente pra inaugurar o seu primeiro ato.
Que meus erros cheguem com certificado assinado
que eu realmente aprendo é com eles.
Peço continuar
caminhando na estrada do agradecimento
agregando os amores pelos chegantes mais próximos.
Peço ainda que eu saiba
que toda vez que me levanto
é porque muitas vezes
eu mesma me derrubei.
É isso!
Aquele abraço!
Elisa C.
domingo, dezembro 6
Faca do esquecimento
Descobri Orides Fontela*
morta
na voz de outra poeta Angela Melin, que respira
que com ela vive
e a ressucita
nas margens do esquecimento poético
que me atravessa o peito
e corta
e fere
e sangra
A visita da velha senhora
que conheci calada
no silêncio que jaz o passado
em cenas de um documentário póstumo
preto no branco no preto
ilustrou-me o reflexo da solidão
desafiou as vertigens do mundo cão
esfriou a língua
mordeu a postura
entrega à realidade
sem frescura ou maldade
por si e só,
sem a cumplicidade da vaidade banal
Orides ancorou-se na poesia
convidou ela mesma
a ser imortal.
Conseguiu.
EC
*Orides Fontela
1940-1998
morta
na voz de outra poeta Angela Melin, que respira
que com ela vive
e a ressucita
nas margens do esquecimento poético
que me atravessa o peito
e corta
e fere
e sangra
A visita da velha senhora
que conheci calada
no silêncio que jaz o passado
em cenas de um documentário póstumo
preto no branco no preto
ilustrou-me o reflexo da solidão
desafiou as vertigens do mundo cão
esfriou a língua
mordeu a postura
entrega à realidade
sem frescura ou maldade
por si e só,
sem a cumplicidade da vaidade banal
Orides ancorou-se na poesia
convidou ela mesma
a ser imortal.
Conseguiu.
EC
*Orides Fontela
1940-1998
terça-feira, dezembro 1
quatro ponto três
Ontem encontrei veterana amiga de equipe de gincana nos oitenta.
Mesma idade, mesma data de aniversário, casamento bacana, um filho e uma carreira sólida.
A "mocinha", entre uma satisfação e outra de reencontro , não disfarçava o nervosismo quando falava
de avanços. O futuro parece que a espreita constantemente.
A "mocinha" ainda ama ser chamada pelo apelido de debutante. Tem que chamar de Lilinha*. Acha que ter o "inha" no final do nome ainda a remoça.
Orgulha-se do botox, dos silicones, das plásticas, "cadimias", do bumbum empinado e do marido que não trai por causa de sua devoção no templo da insistência em se manter jovem.
Não resisto e arrasto a "mocinha" para um chopp.
Depois da terceira pedida, ainda extraio alguma coisa de bom em nosso papo.
Garimpei as nostalgias que vivemos e juntas gargalhamos mais ainda das frustrações da
adolescência.
Foram algumas horas de alívio quando revivemos o que já se foi. E da saudade dos nossos amigos que se foram para sempre.
Ao voltarmos para o presente não havia mais nada do que falar.
A linguagem não era a mesma.
Falei da minha gratidão por estar viva.
Ela falou de sua gratidão por estar inteira.
Combinamos de nos vermos de novo antes do Natal.
Ela não vai viajar em festas de fim de ano porque está economizando pra fazer
uma plástica no nariz.
Vai deixar o filho e o marido irem para a bela casa de praia que tem em Cabo Frio.
Ela não gosta de lá. Gosta de si mesma. E só.
Quando eu disse que estava feliz por chegar aos quarenta e três anos (por extenso mesmo) ela
me disse que nunca pronuncia sua idade.Nem numericamente muito menos por escrito.
Não estou com tempo para comentar os equívocos alheios. Deixa a vida correr, no meu rio quem navega
é minha correnteza própria.
Deixa a "mocinha" se divertir com a preservação de seu meio ambiente.
Minha amiga de ontem, parou no tempo hoje e fico feliz de nos encontrarmos no amanhã.
Inteiras e Vivas!
Graças a Deus!!!!!!
EC
Mesma idade, mesma data de aniversário, casamento bacana, um filho e uma carreira sólida.
A "mocinha", entre uma satisfação e outra de reencontro , não disfarçava o nervosismo quando falava
de avanços. O futuro parece que a espreita constantemente.
A "mocinha" ainda ama ser chamada pelo apelido de debutante. Tem que chamar de Lilinha*. Acha que ter o "inha" no final do nome ainda a remoça.
Orgulha-se do botox, dos silicones, das plásticas, "cadimias", do bumbum empinado e do marido que não trai por causa de sua devoção no templo da insistência em se manter jovem.
Não resisto e arrasto a "mocinha" para um chopp.
Depois da terceira pedida, ainda extraio alguma coisa de bom em nosso papo.
Garimpei as nostalgias que vivemos e juntas gargalhamos mais ainda das frustrações da
adolescência.
Foram algumas horas de alívio quando revivemos o que já se foi. E da saudade dos nossos amigos que se foram para sempre.
Ao voltarmos para o presente não havia mais nada do que falar.
A linguagem não era a mesma.
Falei da minha gratidão por estar viva.
Ela falou de sua gratidão por estar inteira.
Combinamos de nos vermos de novo antes do Natal.
Ela não vai viajar em festas de fim de ano porque está economizando pra fazer
uma plástica no nariz.
Vai deixar o filho e o marido irem para a bela casa de praia que tem em Cabo Frio.
Ela não gosta de lá. Gosta de si mesma. E só.
Quando eu disse que estava feliz por chegar aos quarenta e três anos (por extenso mesmo) ela
me disse que nunca pronuncia sua idade.Nem numericamente muito menos por escrito.
Não estou com tempo para comentar os equívocos alheios. Deixa a vida correr, no meu rio quem navega
é minha correnteza própria.
Deixa a "mocinha" se divertir com a preservação de seu meio ambiente.
Minha amiga de ontem, parou no tempo hoje e fico feliz de nos encontrarmos no amanhã.
Inteiras e Vivas!
Graças a Deus!!!!!!
EC
segunda-feira, novembro 30
Semana de grandes sertões
"O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois
desinquieta. O que ela quer da gente é coragem"
Guimarães Rosa
na voz do sábio Riobaldo
Grande Sertão Veredas
desinquieta. O que ela quer da gente é coragem"
Guimarães Rosa
na voz do sábio Riobaldo
Grande Sertão Veredas
sexta-feira, novembro 27
chaaaato.
Coisa chatinha essa
alugar ouvidos e olhares
com palavras rebuscadas
quase nunca encontradas
coçando a língua dos que querem se dizer....
fica o erudito pelo não dito!
fica a dica!
o resto é zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz.
EC
alugar ouvidos e olhares
com palavras rebuscadas
quase nunca encontradas
coçando a língua dos que querem se dizer....
fica o erudito pelo não dito!
fica a dica!
o resto é zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz.
EC
quarta-feira, novembro 25
Tango pós balada (mais uma música)
Você me vê assim
Caricata
Descarada
A margem de mim
Batom vermelho manchando o cigarro
Da solidão eu tiro sarro
Meu bolero não tem fim
Acordo assustada
Ouço passos pela casa
O passado me seduz
O vinho era vermelho
Você pedia de joelhos
Que eu não apagasse a luz
Rasguei os versos de madrugada
Tirei a roupa amarrotada
Fiquei crua
Dancei pra lua
Mas eu não
Parei na tua.
Elisa Carvalho/Bianco Marques
Caricata
Descarada
A margem de mim
Batom vermelho manchando o cigarro
Da solidão eu tiro sarro
Meu bolero não tem fim
Acordo assustada
Ouço passos pela casa
O passado me seduz
O vinho era vermelho
Você pedia de joelhos
Que eu não apagasse a luz
Rasguei os versos de madrugada
Tirei a roupa amarrotada
Fiquei crua
Dancei pra lua
Mas eu não
Parei na tua.
Elisa Carvalho/Bianco Marques
segunda-feira, novembro 23
quinta-feira, novembro 19
O que fomos ontem pra não se repetir hoje...
...é por isso que decidi estudar História. O "ontem" sempre me fascinou porque se pode explicar o "hoje".
Começo minha aventura pesquisando a história de São João Marcos, que o progresso e o "erro de cálculo" destruiu.
A wiki diz que: São João Marcos foi um antigo município do estado brasileiro do Rio de Janeiro despovoado e demolido em 1940 para a formação de uma represa para a produção de energia elétrica.
Mas foi pesquisando este site,
Vou aproveitar o feriado e visitar o que restou de lá.
Começo minha aventura pesquisando a história de São João Marcos, que o progresso e o "erro de cálculo" destruiu.
A wiki diz que: São João Marcos foi um antigo município do estado brasileiro do Rio de Janeiro despovoado e demolido em 1940 para a formação de uma represa para a produção de energia elétrica.
Mas foi pesquisando este site,
http://www.serqueira.com.br/mapas/lages1.htm - que pude mergulhar em seus registros históricos e saber de seu auge e decadência.
Vou aproveitar o feriado e visitar o que restou de lá.
Antes.
Teatro de São João Marcos 1927
Marco inicial, delegacia, fazenda e igreja.
Hoje.
Maturação
Não sei por que e
nem fui eu que quis
mas por precaução
a maturidade me deu visão de raio x.
Vejo o que enxergo.
Grata!
nem fui eu que quis
mas por precaução
a maturidade me deu visão de raio x.
Vejo o que enxergo.
Grata!
O começo do fim.
Angra dos Reis
A XII Festival do Mexilhão e o I Festival de Vieiras, que aconteceriam nos dias 27,28 e 29 na Ilha Grande, em Angra dos Reis, foram cancelados. O motivo foi a elevação da temperatura do mar, que causou uma grande desova dos animais.
De acordo com André Araújo, gerente de maricultura da prefeitura, os eventos não acontecerão mais esse ano. Inicialmente eles serão realizados normalmente em 2010.
PS:Minha doce Angra, até você??
A XII Festival do Mexilhão e o I Festival de Vieiras, que aconteceriam nos dias 27,28 e 29 na Ilha Grande, em Angra dos Reis, foram cancelados. O motivo foi a elevação da temperatura do mar, que causou uma grande desova dos animais.
De acordo com André Araújo, gerente de maricultura da prefeitura, os eventos não acontecerão mais esse ano. Inicialmente eles serão realizados normalmente em 2010.
PS:Minha doce Angra, até você??
terça-feira, novembro 17
segunda-feira, novembro 16
slapts 3
Escuto sua música
penso nos seus dedos
e no som das partituras
tocando pra mim o teu silêncio
é assim que a vida me censura.
EC
penso nos seus dedos
e no som das partituras
tocando pra mim o teu silêncio
é assim que a vida me censura.
EC
slapts 2
Cinema de tarde
matinê para os desavisados
ingresso, suspense, guaraná e pipoca
entra uma cena e sai outra,
a mão faz a troca.
EC
matinê para os desavisados
ingresso, suspense, guaraná e pipoca
entra uma cena e sai outra,
a mão faz a troca.
EC
sábado, novembro 14
Então, naquela noite....
...eu estava sentada aqui em frente a este monitor
dedilhando os teclados, respondendo ao mail da minha afilhada lá de Minas Gerais,
quando o breu chegou de repente.
Não estava preparada para a escuridão. Acho que ninguém está (se bem que existem aqueles que vivem nela mas não admitem tamanha é a dificuldade de enxergar) mas enfim,aí eu custei a admitir que estava com tudo apagado. Até cair a ficha, foram alguns minutos sentada com a ilusão de que ela voltaria.
Difícil foi caminhar até a cozinha para pegar a vela. Meu medo não é da escuridão mas sim de ficar nela. Ao acender, comecei a querer manter contatos. Queria cumplices, alguém que estivesse na mesma situação que eu.
Disparei a fazer ligações. Mas os únicos poucos e bons maravilhosos amigos a quem eu tenho vontade de manter contato porque são recíprocos, todos resolveram um dia,não sei em que data do mês, comprar o aparelho sem fio e portanto, fiquei incomunicável.
Queria perguntar se havia acabado a energia também onde eles estavam.
Tentei o celular, mas nenhuma das operadoras que uso estavam trabalhando.
Com a vela ainda acesa, fui pra janela observar a noite.
Desconectei-me do mundo aos poucos, era minha única saída. Fui ouvindo os sapos vizinhos que moram na chácara em frente ao meu apartamento. Veio enxame de vagalumes na minha janela, pareciam dizer que estavam ali há tempos eu é que nunca os via.
Vi que os caminhões andavam devagar, com os faróis altos na estrada pareciam perguntar o que estava acontecendo.
Observei os vizinhos chegando do trabalho, passando pela rua com o celular iluminado.
O vento trouxe o aroma da terra e suas flores exalavam um perfume diferente.
Naquela noite eu pude contar com a presença de coisas que as vezes eu tenho dificuldade em enxergar por simples descuido de minha própria natureza.
Naquela noite do apagão, luz é que não faltou aqui dentro.
EC
quinta-feira, novembro 12
Querôfagia
Não se é tão certo
o dono do verbo
quando se apresenta
nas traçadas linhas
que acomodam os versos destilados....
...deste lado
há uma unção de desacato
um ato profano
de fazer feliz
o que pode ser engano
um leve desvio de cicatriz
placas no caminho
sinal de atropelo
e a ti me bastasse
uma única palavra que a fome
de surpresa saciasse
ileso eu escaparia
de um querer
querôfagia...
Rio - calor - quiosque and blues
o dono do verbo
quando se apresenta
nas traçadas linhas
que acomodam os versos destilados....
...deste lado
há uma unção de desacato
um ato profano
de fazer feliz
o que pode ser engano
um leve desvio de cicatriz
placas no caminho
sinal de atropelo
e a ti me bastasse
uma única palavra que a fome
de surpresa saciasse
ileso eu escaparia
de um querer
querôfagia...
Rio - calor - quiosque and blues
terça-feira, novembro 10
Minhas amadas Bastianas!
Já tinha visto a movimentação delas para o espetáculo em que atuam "Mulher na TPM até o diabo treme", que infelizmente não pude assistir ainda.
As atrizes meninas BASTIANAS,Márcia, Marlei e Giane. Eu tive a feliz oportunidade de conviver um pouco com elas durante os ensaios de Cantos de Euclídes e lá em Parati-FLIP, na estréia, onde vi de perto o valor que este trio representa para a arte.
E posso dizer que entendo os sorrisos e as gargalhadas confirmadas por quem sabe o que faz. Elas sabem. Além de arteiras, sabem viver. Olha só o vídeo:
As atrizes meninas BASTIANAS,Márcia, Marlei e Giane. Eu tive a feliz oportunidade de conviver um pouco com elas durante os ensaios de Cantos de Euclídes e lá em Parati-FLIP, na estréia, onde vi de perto o valor que este trio representa para a arte.
E posso dizer que entendo os sorrisos e as gargalhadas confirmadas por quem sabe o que faz. Elas sabem. Além de arteiras, sabem viver. Olha só o vídeo:
quinta-feira, novembro 5
Minha canção agora - Canta Rio Sul
Depois de ficarmos em primeiro lugar na FEMUVRE, eu e Bianco fizemos inscrição pro Canta Rio Sul. Claaaaro que a gente esperava ficar entre os finalistas,não vou passar recibo de falsa modéstia. O que tem demais esperar uma outra vitória?, mas isso não aconteceu. Também não parei meu mundo pra esbravejar contra alguma coisa. Bianco me fez uma proposta desde o começo, assim que a música ficou pronta: vamos nos divertir!. E eu aceitei.
Mas não é mágoa de caboclo é só constatação de que:
Pagamos 30,00 para a inscrição do festival e gostaríamos de fazer jus a ela porque:
- O local - SESI - não tinha acústica.
- As flautistas e o pianista seguraram uma onda, que só os amantes do profissionalismo sabem ter, pois teve um momento em que não ouviam seus instrumentos.Imagine o amadorismo do som.
O violão, de meu amigo Sérgio Bentes, estava alto demais.
E o groove??? Cadê???? Nem sinal.
Falo isso porque a platéia tinha o direito de ouvir melhor. Os jurados - com exceções dúbias musicalmente falando - tb não ouviram direito.
A moça apresentadora falou só meu nome na hora. Fui falar com o Bianco que ela disse errado pois quando fiz a inscrição coloquei o que é verdade. A música tem pai e mãe.
Ele, que saudavelmente não guarda nada pra depois, me disse que era pra não me preocupar com isso, pois se chegamos onde chegamos juntos nesta parceria era porque existia a verdade e que viu a ficha completa.
Mas mesmo assim foi bacana,nossa galera tava reunida de novo, saímos de lá e fomos pro bar batucar nosso recém composto sambinha. E a vida continua com mais canções nascendo.Isso já é um troféu! Garanto.
Escute a música. Ela é linda.
Salve o começo de todos os Sins!
terça-feira, novembro 3
Acabei!!!!
Finalmente depois de ver pela segunda vez o filme O Nevoeiro, pude entender o que se passa e fazer a tão adiada resenha cobrada pela quarta vez pelo meu professor.
Por que assisti mais de uma vez? Pra me colocar lá dentro da tão intrigante ficção.
Pra tentar sentir-me integrada e parecida com algum personagem. E não é que consegui?
Em momentos exteriores de medo, dúvida e ameaça do desconhecido, bacana seria dizer: ENCARE O DESAFIO!
Certo? Nem sempre. Pois como você vai estar preparado para isso se não se conhece primeiro? (o mais perigoso dos desafios é este).
A gente tem tanta teoria escrita que fica dificil saber qual delas por em prática exatamente na hora certa.
Não vou escrever aqui a resenha, não vou discorrer muito sobre o filme e nem fazer resumo da história, isso é para os críticos especializados em cinema.
Mas deixo algumas dicas para quem quiser assistir o filme ou pra quem já assistiu.
1) Repare na cena em que a fanática religiosa não é atacada pelos insetos.Observe-a antes e depois.
2) Repare na insanidade de cada um a partir do momento em que o habitual conforto de ser um cidadão comum, desaparece.
3)Repare na coragem artificial. Até que ponto se justifica o heroismo?
Se vc não se viu em algum destes personagens, com certeza conhece alguém que agiria diferente diante das privações insólitas que de repente aparecem sem saber de onde. Eu sou uma.
Bjks! :+)
Por que assisti mais de uma vez? Pra me colocar lá dentro da tão intrigante ficção.
Pra tentar sentir-me integrada e parecida com algum personagem. E não é que consegui?
Em momentos exteriores de medo, dúvida e ameaça do desconhecido, bacana seria dizer: ENCARE O DESAFIO!
Certo? Nem sempre. Pois como você vai estar preparado para isso se não se conhece primeiro? (o mais perigoso dos desafios é este).
A gente tem tanta teoria escrita que fica dificil saber qual delas por em prática exatamente na hora certa.
Não vou escrever aqui a resenha, não vou discorrer muito sobre o filme e nem fazer resumo da história, isso é para os críticos especializados em cinema.
Mas deixo algumas dicas para quem quiser assistir o filme ou pra quem já assistiu.
1) Repare na cena em que a fanática religiosa não é atacada pelos insetos.Observe-a antes e depois.
2) Repare na insanidade de cada um a partir do momento em que o habitual conforto de ser um cidadão comum, desaparece.
3)Repare na coragem artificial. Até que ponto se justifica o heroismo?
Se vc não se viu em algum destes personagens, com certeza conhece alguém que agiria diferente diante das privações insólitas que de repente aparecem sem saber de onde. Eu sou uma.
Bjks! :+)
segunda-feira, novembro 2
Parece uma redação..rsrs
Acordei hj no quarto de hóspedes do meu parceiro de viola e sonata, Bianco Marques.
Ele mora na Chácara do Sol, Hilda Hilst morava na Casa do Sol.
Nós três juntos, temos alguma semelhança.
Amanheci lá na casa do meu amigo pra fugir da tristeza que este feriado
assombra. E deu certo. Costumo lembrar dos meus parentes e amigos ausentes aqui embaixo sem data marcada e sem chorar, apenas uma saudade apertada no coração; mas hoje sabia que era dia das pessoas fazerem visitas a cemitérios, levar flores, rezar missas, etc.
Ontem ao chegar lá, a noite só me fez ouvir barulhos de grilos, sapos, corujas, naturezas falantes.
A madrugada chegou me dizendo que em breve amanheceria e que eu podia dormir
sem os comprimidinhos. Mas foi com eles aqui dentro que coloquei minha cabeça no travesseiro e esperei a taquicardiazinha passar até relaxar e pensar neste poema que Hilda escrevera em seu refúgio nada solitário:
O Caminho de dentro
É um grande espaço-tempo.
Mensageiro das ilhas,
Teus pés de pássaros, a mim é que procuram se caminhas.
Áspero é o teu dia. E o meu também.
Inauguro ares e ilhas
Para que o teu corpo se conheça
Sobre mim, mas é áspera
Minha boca móvel de poesia,
Áspera minha noite.
Logo cedinho, com a insônia derrotada, o silêncio matinal invadia a imensa casa.
Fiquei esperando um sinal vindo do primeiro andar para que eu pudesse acordar em definitivo.
Tão logo comecei a descer as escadas, já pude ouvir o Bianco cantando na cozinha enquanto preparava o café da manhã.
Pude despertar com a voz que nos premiou este ano.
Pude acreditar na felicidade que faz com que no meu condomínio, to falando do coração, more mais amigos, sempre. Alguns cumprem contrato e depois se mudam. Outros residem há tantos anos que o contrato acaba sendo renovado automaticamente.
Tem as ordens de despejo, mas isso é outra história.
Tenho um enorme amor pelos meus amigos e por pessoas que sabem ser amigas.
Deve ser por isso que movimentação é grande. Ultimamente não é um entra e sai.
É só entra...entra....assim, meu coração as vezes fica maior que a chácara do meu amigo e a casa da minha poeta. Mas temos o Sol em comum acordo com nossa estrada.
Pensa bem como isso é divino!!
Aquele abraço!
domingo, novembro 1
Tô com ele ligado...
é mesmo zeca,
"hoje eu acordei com uma vontade danada de mandar flores ao delegado"
olha que eu não costumo mandar flores
mas sei apreciar o jardim de cada um
o que ele planta
o que colhe
e principalmente o que semeia.
Oh meu semelhante, filho de Deus, meu IRMÃO!
Não piso na grama alheia
por isso que não gosto que pisem no meu calo
porque eu quando sinto dor provocada
tomo chá de erva daninha pra sarar
sei o quanto é medíocre ser dolorida,
ser mal curada
ser a pior representação da espécie "gente"
quero e logo procuro a solução.
Desse mal eu não morro
esse mal eu mato.
O alívio é imediato.
Se minha casa tá iluminada
é porque numa atitude muito bem pensada
liguei o botão do foda-se!
Bom domingo pra vc que tá no Aracajú ou no Alabama!:=)
Faça amor, não faça hamburguer!
quarta-feira, outubro 14
Das recomendações do amor
Uns dizem que tenho facilidade em escrever.
Outros me perguntam sempre onde eu estava quando fui instrumento
gerador da poesia que acabaram de ler e sentir.
Eu, leitora ávida que sou de tudo que se resume em boas palavras
admito que não tenho facilidade em escrever
e não vou a lugar nenhum na hora da concepção poética.
O poema é que me encontra facilmente dando bandeira por ai.
Ele é o locador das minhas novas oportunidades.
Todos os lugares possíveis de serem vividos, penetram em mim.
Sou cavalo do Verso que é minha entidade.
Estou a serviço da alma inventada em forma de canção,
mucama feliz com identidade
tecendo o manto com linha fina
que veste a minha nossa senhora da Inspiração.
Sofro com os olhares mal resolvidos
alegro-me com os amores bem recebidos
sou cria da esfera das possibilidades
todos os dias mato um pouco
aquilo que me faz pensar na vaidade
de que tudo o que tenho é do “meu”
O amor recomenda ser intenso, sem ser embaraço
e estando a seu dispor
o que se escreve nas linhas que traço
é também teu, é dela,
é nosso.
É no coletivo que cresço
por isso digo em princípio
em origem de tudo que se faz em nome dele,
todas as chances que mereço
vem dos “outros”
vem dos indiretos carinhos,
vem dos atalhos que fazem com que
cada verso, lá no fim da estrada
não chegue sozinho.
EC
Outros me perguntam sempre onde eu estava quando fui instrumento
gerador da poesia que acabaram de ler e sentir.
Eu, leitora ávida que sou de tudo que se resume em boas palavras
admito que não tenho facilidade em escrever
e não vou a lugar nenhum na hora da concepção poética.
O poema é que me encontra facilmente dando bandeira por ai.
Ele é o locador das minhas novas oportunidades.
Todos os lugares possíveis de serem vividos, penetram em mim.
Sou cavalo do Verso que é minha entidade.
Estou a serviço da alma inventada em forma de canção,
mucama feliz com identidade
tecendo o manto com linha fina
que veste a minha nossa senhora da Inspiração.
Sofro com os olhares mal resolvidos
alegro-me com os amores bem recebidos
sou cria da esfera das possibilidades
todos os dias mato um pouco
aquilo que me faz pensar na vaidade
de que tudo o que tenho é do “meu”
O amor recomenda ser intenso, sem ser embaraço
e estando a seu dispor
o que se escreve nas linhas que traço
é também teu, é dela,
é nosso.
É no coletivo que cresço
por isso digo em princípio
em origem de tudo que se faz em nome dele,
todas as chances que mereço
vem dos “outros”
vem dos indiretos carinhos,
vem dos atalhos que fazem com que
cada verso, lá no fim da estrada
não chegue sozinho.
EC
quarta-feira, setembro 30
Eles! quem são?
E vocês sabem quem são estes moços, meus amigos?
Já os viram por ai, andando pelas ruas
panfletando o imaginário ideal ou
arquitetando a próxima atração cujo tema
é a espinha dorsal para a sustentação apenas de suas vaidades?
Já ouviram falar de suas reputações esculpidas
no esforço confeitado da auto-promoção?
Eu acredito na verdade que cada um, precocemente ou não,
carrega dentro do baú dos seus objetivos.
Acredito na força que consagra o papel de um ser
enquanto coletivo.
Não, vocês jamais verão estes moços
figurando a imensa constelação das estrelas
que dão bobeira com seu próprio brilho (e cada um tem o seu e por que não?).
Eles não são os sonhadores da vez,
são aqueles que tem sonhos claros&reais
e um destes sonhos está retratado nesta imagem que aí em cima vos fala.
(Dia 29/09/09 - Apresentação de Cantos de Euclídes na UFRJ)
EC
Já os viram por ai, andando pelas ruas
panfletando o imaginário ideal ou
arquitetando a próxima atração cujo tema
é a espinha dorsal para a sustentação apenas de suas vaidades?
Já ouviram falar de suas reputações esculpidas
no esforço confeitado da auto-promoção?
Eu acredito na verdade que cada um, precocemente ou não,
carrega dentro do baú dos seus objetivos.
Acredito na força que consagra o papel de um ser
enquanto coletivo.
Não, vocês jamais verão estes moços
figurando a imensa constelação das estrelas
que dão bobeira com seu próprio brilho (e cada um tem o seu e por que não?).
Eles não são os sonhadores da vez,
são aqueles que tem sonhos claros&reais
e um destes sonhos está retratado nesta imagem que aí em cima vos fala.
(Dia 29/09/09 - Apresentação de Cantos de Euclídes na UFRJ)
EC
sábado, setembro 26
A poesia que me fala
A poesia que me fala
não é aquela produzida
na elite dos apartamentos,
nas mãos engomadas dos iniciantes
que fabricam versos
por caprichos da filosofia da página vinte e um
no capítulo quatro da enciclopédia dos bancados estudantes.
A poesia que me fala
tem cheiro de capim molhado
do orvalho das manhãs,
tem a sabedoria da preta velha
agachada ao lado do fogão de lenha
soprando o borralho,
tem o tempero da comida simples
feita com sal, dois dentes de alho e muito amor inocente.
A poesia que me fala é igual a gente,
anda descalça
corre nas glebas da terra sulcada
toma banho de cachoeira em tarde ensolarada
veste saia de chita
nos cabelos são amarelos os laços de fita
e vai pra janela acenar para os viajantes
a poesia que me fala
não combina com gramática pedante.
A poesia que me fala
sobe na árvore pra colher o fruto,
come feijão com angu, torresmo e couve fininha
faz do toco de vela providencial
um venerável foco de luz
e sabendo-se filha ocidental
ajoelha-se aos pés da santa cruz.
A poesia que me fala
tem sanada as marcas da luta
não sabe ser osso de ofício quando me diz
que sou dela sua aprendiz,
assim eu sei que Deus me escuta.
EC
não é aquela produzida
na elite dos apartamentos,
nas mãos engomadas dos iniciantes
que fabricam versos
por caprichos da filosofia da página vinte e um
no capítulo quatro da enciclopédia dos bancados estudantes.
A poesia que me fala
tem cheiro de capim molhado
do orvalho das manhãs,
tem a sabedoria da preta velha
agachada ao lado do fogão de lenha
soprando o borralho,
tem o tempero da comida simples
feita com sal, dois dentes de alho e muito amor inocente.
A poesia que me fala é igual a gente,
anda descalça
corre nas glebas da terra sulcada
toma banho de cachoeira em tarde ensolarada
veste saia de chita
nos cabelos são amarelos os laços de fita
e vai pra janela acenar para os viajantes
a poesia que me fala
não combina com gramática pedante.
A poesia que me fala
sobe na árvore pra colher o fruto,
come feijão com angu, torresmo e couve fininha
faz do toco de vela providencial
um venerável foco de luz
e sabendo-se filha ocidental
ajoelha-se aos pés da santa cruz.
A poesia que me fala
tem sanada as marcas da luta
não sabe ser osso de ofício quando me diz
que sou dela sua aprendiz,
assim eu sei que Deus me escuta.
EC
TônicoPoema
a palavra presa no ventre
não era a mais doce manifestação de álibi
ao corpus habeas
o tempo parou um pouco
para deliberação total
dos ecos e respostas
não houve retorno
o tempo seguiu descontente
com a palavra agarrada nos dentes
guardada em cofres
devotada ao santo dos pobres
oferte a esmola
derreta o cansaço
liberte o verbo
do seu mais carrasco embaraço
poema é tônico quando o verso
quer sair mais sofre de engasgo
cabe na ponta do dedo,
no conta gotas do si mesmo
dentro do líquido que cabe na colher
poesia chama a voz da saúde
para o bem assina carta de alforria
só adoece quem quer.
EC
não era a mais doce manifestação de álibi
ao corpus habeas
o tempo parou um pouco
para deliberação total
dos ecos e respostas
não houve retorno
o tempo seguiu descontente
com a palavra agarrada nos dentes
guardada em cofres
devotada ao santo dos pobres
oferte a esmola
derreta o cansaço
liberte o verbo
do seu mais carrasco embaraço
poema é tônico quando o verso
quer sair mais sofre de engasgo
cabe na ponta do dedo,
no conta gotas do si mesmo
dentro do líquido que cabe na colher
poesia chama a voz da saúde
para o bem assina carta de alforria
só adoece quem quer.
EC
quinta-feira, setembro 24
De tarde primeira vera
Insiste em fazer frio,
a chuva derrama nesta tarde
a teimosia do inverno
que parece fazer pirraça
e deixa respingos na janela;
embassando a vidraça
respirando com as mãos postas
olhando paisagens gris,
mantenho pensamentos que ainda dormem
debaixo de cobertor,
a natureza é a única que sabe
acordar o meu calor,
deixo-a mestre destes instantes,
enquanto espero o sol aparecer do lado de lá,
aqui dentro ele já está.
EC
a chuva derrama nesta tarde
a teimosia do inverno
que parece fazer pirraça
e deixa respingos na janela;
embassando a vidraça
respirando com as mãos postas
olhando paisagens gris,
mantenho pensamentos que ainda dormem
debaixo de cobertor,
a natureza é a única que sabe
acordar o meu calor,
deixo-a mestre destes instantes,
enquanto espero o sol aparecer do lado de lá,
aqui dentro ele já está.
EC
terça-feira, setembro 22
Setembros
Inauguro aqui o mês de Setembro no vesperal da Primavera.
Faltam poucas horas para a natureza decretar a permanência das flores,
colorir os amores feitos nos ninhos
aves e fauna toda fazem festa,
hiberna o cinza do inverno que está se despedindo.
Os hemisférios comemoram e batizam
nomes para a sabedoria do tempo.
Amo a Primavera e todas as suas imagens,
seus acontecimentos
suas matizes.
Vou cuidar do meu jardim
afinal
as borboletas estão voltando
este ano a família aumentou
tem mais asas voando por aqui.
São amigos novos que fiz
Agora voaremos juntos,
pois viemos da mesma maturidade
de casulo.
EC
Faltam poucas horas para a natureza decretar a permanência das flores,
colorir os amores feitos nos ninhos
aves e fauna toda fazem festa,
hiberna o cinza do inverno que está se despedindo.
Os hemisférios comemoram e batizam
nomes para a sabedoria do tempo.
Amo a Primavera e todas as suas imagens,
seus acontecimentos
suas matizes.
Vou cuidar do meu jardim
afinal
as borboletas estão voltando
este ano a família aumentou
tem mais asas voando por aqui.
São amigos novos que fiz
Agora voaremos juntos,
pois viemos da mesma maturidade
de casulo.
EC
sexta-feira, agosto 28
Festival Música do Mundo II
Minha missão este ano será: entregar uma música, que fiz em parceria com o sempre genial amigo Bianco Marques, para o Milton Nascimento, lá em Três Pontas.
Lembrei das aventuras que tive para trocar umas idéias breves com alguns artistas que com seus trabalhos importantes, acrescentaram algo em minha vida.
O primeiro foi o ator Carlos Vereza, quando na década de 80, estava filmando Memórias do Cárcere na minha tão amada região de Angra dos Reis. Era carnaval e o grande ator estava em uma mesa perto da minha num clube da cidade. Lembro de ter conversado um tempão com ele que foi super educado e bom de papo.
Alguns meses depois, organizei um grupo de amigas e fomos no camarim do Cazuza antes e depois do show do Barão Vermelho.
O cara estava sóbrio, acreditam? Estava de ressaca da noite anterior e bebia litros de água. Conversou com a gente, deu risadas, falou dos shows que iria fazer e das músicas que estava compondo.
Fui a outros shows, mas não senti vontade nenhuma de tentar uma aproximação maior,
a não ser quando os Paralamas do Sucesso estiveram num clube da minha cidade.
Fiz redemoinhos e consegui uns minutos intermináveis de papo com o Hebert Viana, ele estava namorando a falecida esposa ainda, ela estava lá ao lado dele, super simpática tb.
Depois foi a vez do Paul Simon, Ferreira Gular, Elisa Lucinda, Eva Wilma, Paulo Autran, Zuenir Ventura...etc
Todos bem sucedidos encontros, que não se resumiam a autógrafos e fotos. Eram pequenos acontecimentos regados a diálogos criativos que eu tinha que fazer para render alguns minutos perto dessas raras pessoas de importante significado artístico em minha vida.
Agora é a vez do Milton Nascimento. Vou tentar conhecê-lo e se não conseguir, a música ele vai escutar um dia.
Elisa C.
Lembrei das aventuras que tive para trocar umas idéias breves com alguns artistas que com seus trabalhos importantes, acrescentaram algo em minha vida.
O primeiro foi o ator Carlos Vereza, quando na década de 80, estava filmando Memórias do Cárcere na minha tão amada região de Angra dos Reis. Era carnaval e o grande ator estava em uma mesa perto da minha num clube da cidade. Lembro de ter conversado um tempão com ele que foi super educado e bom de papo.
Alguns meses depois, organizei um grupo de amigas e fomos no camarim do Cazuza antes e depois do show do Barão Vermelho.
O cara estava sóbrio, acreditam? Estava de ressaca da noite anterior e bebia litros de água. Conversou com a gente, deu risadas, falou dos shows que iria fazer e das músicas que estava compondo.
Fui a outros shows, mas não senti vontade nenhuma de tentar uma aproximação maior,
a não ser quando os Paralamas do Sucesso estiveram num clube da minha cidade.
Fiz redemoinhos e consegui uns minutos intermináveis de papo com o Hebert Viana, ele estava namorando a falecida esposa ainda, ela estava lá ao lado dele, super simpática tb.
Depois foi a vez do Paul Simon, Ferreira Gular, Elisa Lucinda, Eva Wilma, Paulo Autran, Zuenir Ventura...etc
Todos bem sucedidos encontros, que não se resumiam a autógrafos e fotos. Eram pequenos acontecimentos regados a diálogos criativos que eu tinha que fazer para render alguns minutos perto dessas raras pessoas de importante significado artístico em minha vida.
Agora é a vez do Milton Nascimento. Vou tentar conhecê-lo e se não conseguir, a música ele vai escutar um dia.
Elisa C.
segunda-feira, julho 27
quinta-feira, julho 23
terça-feira, julho 21
domingo, julho 19
DIA 20 DE JULHO - DIA DO AMIGO
Posto aqui uma homenagem
para minha MELHOR AMIGA
que por mais de três décadas
ela guarda meus melhores segredos.
roteiros, pensamentos
frases, histórias, personagens
tanta gente morando dentro dela
num silêncio nada sepulcral
sendo muitas vezes substituída
mas nunca esquecida.
Minha guardiã das lembranças
que resguarda todas as esperanças
tecidas em palavras,
aquele beijo pra minha querida GAVETA!
EC
sexta-feira, julho 17
Minha estréia...
Laudo cadavérico
quinta-feira, julho 16
Abelha de ressaca
Sr. digníssimo expresidentecaradepau
que também ganhou o epípeto de imortal
por causa do seu livreto
escrito nos currais eleitorais
para ver quem,
sendo político ganha mais,
não descrevo tua saga,
apenas denuncio o ato secreto
de embriagar os pobres marimbondos,
pois nada tem a ver os bichinhos
com a natureza carnívora de seu autor,
não vou protestar, nem ir pra rua
contra a lambança abjeta dos roubos
que imperam em um país chamado: Senado
nem muito menos
levantar bandeiras e placas,
é findo o tempo a este assunto, dedicado.
Aceite a indignação da fauna
e aquele abraço da
Abelha de ressaca.
EC
quarta-feira, julho 15
Lendinha Velha
Passei todo o verão
cantando
dançando
rimando a verdade
que não rima...
Agora inverno
bato na porta
lá dentro escuto: - Quem?
e eu de fora respondo: - Se importa?
EC
cantando
dançando
rimando a verdade
que não rima...
Agora inverno
bato na porta
lá dentro escuto: - Quem?
e eu de fora respondo: - Se importa?
EC
terça-feira, julho 14
Os Deuses brincam comigo...
De uns tempos pra cá
desperto com aquela melodia na cabeça
não sei de onde venho depois do sono
mas noto algo diferente quando acordo
e percebo que foi bom o sonho.
Nascem palavras falantes
que agora cismam de serem também cantantes.
Tenho Dó de deixar elas guardadas
debaixo do travesseiro.
Não quero ser a Ré neste processo de camuflagem
com o dom inédito traçado com a eternidade.
Mi Faço presa fácil
desta amorosa armadilha do Sol...Lá em
Sima de mim...sem Dó
E que venham outras oitavas.....
desperto com aquela melodia na cabeça
não sei de onde venho depois do sono
mas noto algo diferente quando acordo
e percebo que foi bom o sonho.
Nascem palavras falantes
que agora cismam de serem também cantantes.
Tenho Dó de deixar elas guardadas
debaixo do travesseiro.
Não quero ser a Ré neste processo de camuflagem
com o dom inédito traçado com a eternidade.
Mi Faço presa fácil
desta amorosa armadilha do Sol...Lá em
Sima de mim...sem Dó
E que venham outras oitavas.....
Crônica do espetáculo Cantos de Euclídes
Os Sertões, Euclídes e as pessoas.
A arte é do povo. A arte tem que andar nas ruas, ser agente catalisador de opiniões, conhecimentos e novas idéias. Quando recebi o convite de três jovens atores, que além de grandes amigos pessoais, cultivam o bom profissionalismo nos trabalhos desenvolvidos, para participar do espetáculo Cantos de Euclídes, veio o famoso frio na espinha e a satisfação de saber que o teatro estaria bem pertinho das pessoas, sem quatro paredes. Assumi a aceitação. Foram cinqüenta e quatro pessoas envolvidas entre produção, técnica, atores, músicos e assistentes. Pessoas que conviveram harmoniosamente durante o tempo de exaustivos e prazerosos ensaios, abraçando a idéia do jovem escritor, e colega de cadeira da Academia Barramansense de Letras, Thiago Cascabulho.
Assim como no romance, éramos “sertanejos fortes” entregues à coragem de defender uma história que da ficção à realidade, caminha entre uma linha tênue de veracidade contemporânea.
Acredito que ao escrever “Os sertões” Euclides elegeu os personagens reais dentro de sua literatura, para que o mundo conhecesse o outro lado do Brasil e sua gente que vivia (e vive até hoje) num cenário onde a seca transformava os verdadeiros representantes da nação, em homens de pouca sorte mas com uma vontade expressiva em semear a esperança nos campos áridos do proposital esquecimento político.
Carregando inicialmente o estandarte, misturei-me ao povo. E a todos que vieram me perguntar o que estava acontecendo ali, explicava resumidamente o objetivo do trabalho e os convidava a participar, afinal estávamos nos apresentando para eles.
Após a explicação, ouvi a pergunta de uma senhora que nos acompanhava: Mas quem é Euclídes da Cunha? Ele está aqui na Flip? – Eu respondi que não, mas que nós estávamos lá por ele e por sua obra. - Aprendi a não rir da ignorância alheia, porque tem uma infinidade de assuntos que eu ainda não sei e estou a aprender muita coisa por vir. Convidei-a seguir conosco e ela foi até o fim, tenho certeza que agora já sabe quem foi e continua sendo ele.
Para sobreviver no sertão é preciso ser forte. Para sobreviver sem apoios culturais de massa é preciso residir com esta mesma fortaleza de jagunço.
E como diz o roteiro: Quem de nós não é um pouco Euclídes da Cunha?
Quem de nós não retrata todos os dias a presença do descaso com os incentivos das iniciativas que reproduzem com autenticidade artística, seja nos palcos ou nas ruas, uma obra de significado importante para quem assiste?
Desejo que outras ruas, cidades e outras gentes, conheçam e se identifiquem com este espetáculo. Recomendo a leitura do livro e aquele abraço.
Elisa Carvalho
Crônica publicada no jornal Diário do Vale
em 10/07/09
A arte é do povo. A arte tem que andar nas ruas, ser agente catalisador de opiniões, conhecimentos e novas idéias. Quando recebi o convite de três jovens atores, que além de grandes amigos pessoais, cultivam o bom profissionalismo nos trabalhos desenvolvidos, para participar do espetáculo Cantos de Euclídes, veio o famoso frio na espinha e a satisfação de saber que o teatro estaria bem pertinho das pessoas, sem quatro paredes. Assumi a aceitação. Foram cinqüenta e quatro pessoas envolvidas entre produção, técnica, atores, músicos e assistentes. Pessoas que conviveram harmoniosamente durante o tempo de exaustivos e prazerosos ensaios, abraçando a idéia do jovem escritor, e colega de cadeira da Academia Barramansense de Letras, Thiago Cascabulho.
Assim como no romance, éramos “sertanejos fortes” entregues à coragem de defender uma história que da ficção à realidade, caminha entre uma linha tênue de veracidade contemporânea.
Acredito que ao escrever “Os sertões” Euclides elegeu os personagens reais dentro de sua literatura, para que o mundo conhecesse o outro lado do Brasil e sua gente que vivia (e vive até hoje) num cenário onde a seca transformava os verdadeiros representantes da nação, em homens de pouca sorte mas com uma vontade expressiva em semear a esperança nos campos áridos do proposital esquecimento político.
Carregando inicialmente o estandarte, misturei-me ao povo. E a todos que vieram me perguntar o que estava acontecendo ali, explicava resumidamente o objetivo do trabalho e os convidava a participar, afinal estávamos nos apresentando para eles.
Após a explicação, ouvi a pergunta de uma senhora que nos acompanhava: Mas quem é Euclídes da Cunha? Ele está aqui na Flip? – Eu respondi que não, mas que nós estávamos lá por ele e por sua obra. - Aprendi a não rir da ignorância alheia, porque tem uma infinidade de assuntos que eu ainda não sei e estou a aprender muita coisa por vir. Convidei-a seguir conosco e ela foi até o fim, tenho certeza que agora já sabe quem foi e continua sendo ele.
Para sobreviver no sertão é preciso ser forte. Para sobreviver sem apoios culturais de massa é preciso residir com esta mesma fortaleza de jagunço.
E como diz o roteiro: Quem de nós não é um pouco Euclídes da Cunha?
Quem de nós não retrata todos os dias a presença do descaso com os incentivos das iniciativas que reproduzem com autenticidade artística, seja nos palcos ou nas ruas, uma obra de significado importante para quem assiste?
Desejo que outras ruas, cidades e outras gentes, conheçam e se identifiquem com este espetáculo. Recomendo a leitura do livro e aquele abraço.
Elisa Carvalho
Crônica publicada no jornal Diário do Vale
em 10/07/09
Depois de algumas estações...
...Caramba...conseguimos recuperar a senha deste blog. Ela tava sumida e eu tb.
Nos encontramos sem querer, a senha e eu numa tarde de ensaios do espetáculo Cantos de Euclídes, do meu nobre colega Thiago Cascabulho.
Não sou muito de blog, de ficar entranhada neste universo dependendo da vaidade de ser vista e
tirando leite dos comentários, como se fosse o combustível do sentido criadouro
dos versos e parágrafos existenciais.
Não sou muito de nada. Adoro a preguiça e o ócio. A observação e as sombras das árvores
que EU mesma plantei.
Período de cataclismas se aproximam e a paixão faz ruído.
Aquele abraço
Elisa C.
Nos encontramos sem querer, a senha e eu numa tarde de ensaios do espetáculo Cantos de Euclídes, do meu nobre colega Thiago Cascabulho.
Não sou muito de blog, de ficar entranhada neste universo dependendo da vaidade de ser vista e
tirando leite dos comentários, como se fosse o combustível do sentido criadouro
dos versos e parágrafos existenciais.
Não sou muito de nada. Adoro a preguiça e o ócio. A observação e as sombras das árvores
que EU mesma plantei.
Período de cataclismas se aproximam e a paixão faz ruído.
Aquele abraço
Elisa C.
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