segunda-feira, julho 27
quinta-feira, julho 23
terça-feira, julho 21
domingo, julho 19
DIA 20 DE JULHO - DIA DO AMIGO
Posto aqui uma homenagem
para minha MELHOR AMIGA
que por mais de três décadas
ela guarda meus melhores segredos.
roteiros, pensamentos
frases, histórias, personagens
tanta gente morando dentro dela
num silêncio nada sepulcral
sendo muitas vezes substituída
mas nunca esquecida.
Minha guardiã das lembranças
que resguarda todas as esperanças
tecidas em palavras,
aquele beijo pra minha querida GAVETA!
EC
sexta-feira, julho 17
Minha estréia...
Laudo cadavérico
quinta-feira, julho 16
Abelha de ressaca
Sr. digníssimo expresidentecaradepau
que também ganhou o epípeto de imortal
por causa do seu livreto
escrito nos currais eleitorais
para ver quem,
sendo político ganha mais,
não descrevo tua saga,
apenas denuncio o ato secreto
de embriagar os pobres marimbondos,
pois nada tem a ver os bichinhos
com a natureza carnívora de seu autor,
não vou protestar, nem ir pra rua
contra a lambança abjeta dos roubos
que imperam em um país chamado: Senado
nem muito menos
levantar bandeiras e placas,
é findo o tempo a este assunto, dedicado.
Aceite a indignação da fauna
e aquele abraço da
Abelha de ressaca.
EC
quarta-feira, julho 15
Lendinha Velha
Passei todo o verão
cantando
dançando
rimando a verdade
que não rima...
Agora inverno
bato na porta
lá dentro escuto: - Quem?
e eu de fora respondo: - Se importa?
EC
cantando
dançando
rimando a verdade
que não rima...
Agora inverno
bato na porta
lá dentro escuto: - Quem?
e eu de fora respondo: - Se importa?
EC
terça-feira, julho 14
Os Deuses brincam comigo...
De uns tempos pra cá
desperto com aquela melodia na cabeça
não sei de onde venho depois do sono
mas noto algo diferente quando acordo
e percebo que foi bom o sonho.
Nascem palavras falantes
que agora cismam de serem também cantantes.
Tenho Dó de deixar elas guardadas
debaixo do travesseiro.
Não quero ser a Ré neste processo de camuflagem
com o dom inédito traçado com a eternidade.
Mi Faço presa fácil
desta amorosa armadilha do Sol...Lá em
Sima de mim...sem Dó
E que venham outras oitavas.....
desperto com aquela melodia na cabeça
não sei de onde venho depois do sono
mas noto algo diferente quando acordo
e percebo que foi bom o sonho.
Nascem palavras falantes
que agora cismam de serem também cantantes.
Tenho Dó de deixar elas guardadas
debaixo do travesseiro.
Não quero ser a Ré neste processo de camuflagem
com o dom inédito traçado com a eternidade.
Mi Faço presa fácil
desta amorosa armadilha do Sol...Lá em
Sima de mim...sem Dó
E que venham outras oitavas.....
Crônica do espetáculo Cantos de Euclídes
Os Sertões, Euclídes e as pessoas.
A arte é do povo. A arte tem que andar nas ruas, ser agente catalisador de opiniões, conhecimentos e novas idéias. Quando recebi o convite de três jovens atores, que além de grandes amigos pessoais, cultivam o bom profissionalismo nos trabalhos desenvolvidos, para participar do espetáculo Cantos de Euclídes, veio o famoso frio na espinha e a satisfação de saber que o teatro estaria bem pertinho das pessoas, sem quatro paredes. Assumi a aceitação. Foram cinqüenta e quatro pessoas envolvidas entre produção, técnica, atores, músicos e assistentes. Pessoas que conviveram harmoniosamente durante o tempo de exaustivos e prazerosos ensaios, abraçando a idéia do jovem escritor, e colega de cadeira da Academia Barramansense de Letras, Thiago Cascabulho.
Assim como no romance, éramos “sertanejos fortes” entregues à coragem de defender uma história que da ficção à realidade, caminha entre uma linha tênue de veracidade contemporânea.
Acredito que ao escrever “Os sertões” Euclides elegeu os personagens reais dentro de sua literatura, para que o mundo conhecesse o outro lado do Brasil e sua gente que vivia (e vive até hoje) num cenário onde a seca transformava os verdadeiros representantes da nação, em homens de pouca sorte mas com uma vontade expressiva em semear a esperança nos campos áridos do proposital esquecimento político.
Carregando inicialmente o estandarte, misturei-me ao povo. E a todos que vieram me perguntar o que estava acontecendo ali, explicava resumidamente o objetivo do trabalho e os convidava a participar, afinal estávamos nos apresentando para eles.
Após a explicação, ouvi a pergunta de uma senhora que nos acompanhava: Mas quem é Euclídes da Cunha? Ele está aqui na Flip? – Eu respondi que não, mas que nós estávamos lá por ele e por sua obra. - Aprendi a não rir da ignorância alheia, porque tem uma infinidade de assuntos que eu ainda não sei e estou a aprender muita coisa por vir. Convidei-a seguir conosco e ela foi até o fim, tenho certeza que agora já sabe quem foi e continua sendo ele.
Para sobreviver no sertão é preciso ser forte. Para sobreviver sem apoios culturais de massa é preciso residir com esta mesma fortaleza de jagunço.
E como diz o roteiro: Quem de nós não é um pouco Euclídes da Cunha?
Quem de nós não retrata todos os dias a presença do descaso com os incentivos das iniciativas que reproduzem com autenticidade artística, seja nos palcos ou nas ruas, uma obra de significado importante para quem assiste?
Desejo que outras ruas, cidades e outras gentes, conheçam e se identifiquem com este espetáculo. Recomendo a leitura do livro e aquele abraço.
Elisa Carvalho
Crônica publicada no jornal Diário do Vale
em 10/07/09
A arte é do povo. A arte tem que andar nas ruas, ser agente catalisador de opiniões, conhecimentos e novas idéias. Quando recebi o convite de três jovens atores, que além de grandes amigos pessoais, cultivam o bom profissionalismo nos trabalhos desenvolvidos, para participar do espetáculo Cantos de Euclídes, veio o famoso frio na espinha e a satisfação de saber que o teatro estaria bem pertinho das pessoas, sem quatro paredes. Assumi a aceitação. Foram cinqüenta e quatro pessoas envolvidas entre produção, técnica, atores, músicos e assistentes. Pessoas que conviveram harmoniosamente durante o tempo de exaustivos e prazerosos ensaios, abraçando a idéia do jovem escritor, e colega de cadeira da Academia Barramansense de Letras, Thiago Cascabulho.
Assim como no romance, éramos “sertanejos fortes” entregues à coragem de defender uma história que da ficção à realidade, caminha entre uma linha tênue de veracidade contemporânea.
Acredito que ao escrever “Os sertões” Euclides elegeu os personagens reais dentro de sua literatura, para que o mundo conhecesse o outro lado do Brasil e sua gente que vivia (e vive até hoje) num cenário onde a seca transformava os verdadeiros representantes da nação, em homens de pouca sorte mas com uma vontade expressiva em semear a esperança nos campos áridos do proposital esquecimento político.
Carregando inicialmente o estandarte, misturei-me ao povo. E a todos que vieram me perguntar o que estava acontecendo ali, explicava resumidamente o objetivo do trabalho e os convidava a participar, afinal estávamos nos apresentando para eles.
Após a explicação, ouvi a pergunta de uma senhora que nos acompanhava: Mas quem é Euclídes da Cunha? Ele está aqui na Flip? – Eu respondi que não, mas que nós estávamos lá por ele e por sua obra. - Aprendi a não rir da ignorância alheia, porque tem uma infinidade de assuntos que eu ainda não sei e estou a aprender muita coisa por vir. Convidei-a seguir conosco e ela foi até o fim, tenho certeza que agora já sabe quem foi e continua sendo ele.
Para sobreviver no sertão é preciso ser forte. Para sobreviver sem apoios culturais de massa é preciso residir com esta mesma fortaleza de jagunço.
E como diz o roteiro: Quem de nós não é um pouco Euclídes da Cunha?
Quem de nós não retrata todos os dias a presença do descaso com os incentivos das iniciativas que reproduzem com autenticidade artística, seja nos palcos ou nas ruas, uma obra de significado importante para quem assiste?
Desejo que outras ruas, cidades e outras gentes, conheçam e se identifiquem com este espetáculo. Recomendo a leitura do livro e aquele abraço.
Elisa Carvalho
Crônica publicada no jornal Diário do Vale
em 10/07/09
Depois de algumas estações...
...Caramba...conseguimos recuperar a senha deste blog. Ela tava sumida e eu tb.
Nos encontramos sem querer, a senha e eu numa tarde de ensaios do espetáculo Cantos de Euclídes, do meu nobre colega Thiago Cascabulho.
Não sou muito de blog, de ficar entranhada neste universo dependendo da vaidade de ser vista e
tirando leite dos comentários, como se fosse o combustível do sentido criadouro
dos versos e parágrafos existenciais.
Não sou muito de nada. Adoro a preguiça e o ócio. A observação e as sombras das árvores
que EU mesma plantei.
Período de cataclismas se aproximam e a paixão faz ruído.
Aquele abraço
Elisa C.
Nos encontramos sem querer, a senha e eu numa tarde de ensaios do espetáculo Cantos de Euclídes, do meu nobre colega Thiago Cascabulho.
Não sou muito de blog, de ficar entranhada neste universo dependendo da vaidade de ser vista e
tirando leite dos comentários, como se fosse o combustível do sentido criadouro
dos versos e parágrafos existenciais.
Não sou muito de nada. Adoro a preguiça e o ócio. A observação e as sombras das árvores
que EU mesma plantei.
Período de cataclismas se aproximam e a paixão faz ruído.
Aquele abraço
Elisa C.
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